Não foi apenas a Capital paulista que presenciou cenas de agressões a jornalistas nas manifestações que acontecem em todo o Brasil desde a segunda semana de junho. Em Campinas, os atos de violência se repetiram. Ao todo sete profissionais de diferentes veículos de comunicação foram agredidos pela Polícia Militar e Guarda Municipal, sobretudo na primeira manifestação ocorrida no dia 20.
A Regional de Campinas do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), que já havia solicitado providências para garantir a integridade física dos profissionais, enviou ofício ao comandante da PM, da GM e ao secretário de Segurança Pública repudiando a atitude.
Os jornalistas foram agredidos também por manifestantes. Quatro sofreram agressões de manifestantes: uma passou mal em decorrência do gás lacrimogêneo, um foi atingido por uma pedra, mas não estava trabalhando e um fotógrafo foi atingido por uma bala de borracha. Além disso, emissoras tiveram dois carros depredados (TVB Record e Todo Dia). Perto dali, em Limeira, houve profissional agredido e outros dois sofream ameaças em Piracicaba.
Na manifestação de sexta-feira (21), em Campinas, não houve nenhum incidente. Já no domingo (22), um repórter foi atingido por bala de borracha, um cinegrafista levou uma pedrada e dois automóveis, novamente da TVB Record e Todo Dia, foram depredados.
Prontidão
“Desde o início das manifestações, a diretoria e o Departamento Jurídico do Sindicato ficaram de prontidão empenhado em garantir que os jornalistas tenham o direito ao exercício profissional sem serem ameaçados pelas polícias. Temos participado de todas as caminhadas e procurado ficar próximos aos jornalistas para o caso de qualquer ocorrência e nossos telefones estão permanentemente ligados”, declarou Agildo Nogueira, diretor da Regional de Campinas.
Os dirigentes do SJSP participaram das manifestações na cidade. A entidade foi representada por Agildo Nogueira, Lílian Parise, secretária de Cultura e Comunicação, Márcia Quintanilha, secretária de Sindicalização, Djalma Santos e Fernanda de Freitas, diretores de base da região.
Maria do Carmo Pagani (jornalista), Lílian Parise e Márcia Quintanilha no primeiro dia de manifestação em Campinas. Foto: Roberto Claro