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Jornalistas destacam a importância das carteiras de identificação profissional da FENAJ e da FIJ

Jornalistas destacam a importância das carteiras de identificação profissional da FENAJ e da FIJ

As carteiras de jornalista nacional e internacional emitidas pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e pela Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), com intermediação dos Sindicatos da categoria, são documentos fundamentais para identificação do jornalista no exercício da profissão. Todo jornalista deve ter a sua e mantê-la atualizada, dentro do prazo de validade, para usufruir das diversas vantagens que seu porte acarreta. Veja quais são essas vantagens:

Identidade profissional e civil

 

O Cartão de Identidade de Jornalista, mais conhecido como carteira da FENAJ, tem duplo significado: identificação profissional e identidade civil. É reconhecido legalmente e substitui a carteira de identidade convencional.

A validade da carteira da FENAJ como documento de identidade foi definida pela lei n.º 7.084, de 21/12/82. Ela estabelece que a carteira é válida em todo o território nacional e será fornecida pela Federação a todo jornalista que tenha habilitação e registro profissional, inclusive não sindicalizados.

“A carteira da FENAJ é uma conquista dos jornalistas, definida em lei federal”, ressalta a presidenta da entidade sindical, Maria José Braga. “Os jornalistas têm o privilégio de ter uma identificação profissional que também é identidade civil”, acrescenta.

A carteira FENAJ tem várias vantagens sobre a identidade convencional. A primeira delas é que os dados do portador são mais completos. Constam no documento: nome completo, filiação, nacionalidade, naturalidade, data de nascimento, registro profissional, função, CPF, RG, órgão expedidor e data de expedição, além de assinatura, fotografia, impressão digital e data de validade. Ela é dotada de um chip que inclui ainda as seguintes informações: número e série da Carteira de Trabalho e Previdência Social, estado civil e grupo sanguíneo.

Outra vantagem é que o documento é confeccionado por intermédio dos Sindicatos de Jornalistas, de forma simples e sem burocracia. Além disso, tem a forma de cartão, no tamanho dos cartões de banco e crédito, mais prático, durável e de fácil portabilidade.

Identificação em reportagens

A maior de todas as vantagens, porém, é que a carteira da FENAJ identifica o jornalista. Muitas vezes, ela faz a diferença no exercício da profissão e no cumprimento de pautas, ao facilitar acesso a fontes e locais. Foi o caso recente, por exemplo, da cobertura do conflito em Campo do Meio, no Sul de Minas Gerais, quando a PM desalojou trabalhadores rurais que ocupavam terras há 22 anos.

O jornalista Daniel Camargos, da ONG Repórter Brasil, conta que conseguiu ultrapassar o cerco policial para fazer entrevistas depois de apresentar sua carteira de jornalista. “A carteira é muito útil em conflitos agrários como o de Campo do Meio e em abordagem policial”, observa o repórter.

A carteira também é fundamental para jornalistas free lancers, que normalmente não têm crachá, nem usam carro com identificação do veículo jornalístico para o qual trabalham. Daniel Camargos conta que quando fazia frilas para a Folha de S. Paulo, por exemplo, recorria sempre à identidade profissional.

“A carteira é muito importante para entrevistar autoridades e ter acesso a locais, quando a gente faz reportagem com carro alugado, sem identificação”, explica.

Carteira internacional

 

A carteira internacional, emitida pela FIJ, por intermédio da FENAJ e dos Sindicatos, não tem valor de documento de identidade, como a nacional, mas é um instrumento imprescindível para identificação do jornalista no exterior. Conforme o país, a carteira dá direito a desconto ou gratuidade em cinemas, museus, espetáculos e eventos profissionais.“O objetivo da carteira é facilitar acesso dos jornalistas às fontes em qualquer lugar do mundo”, explica Maria José Braga. Ela informa que a carteira é emitida por entidades filiadas à FIJ em mais de 140 países, nos quais é reconhecida como documento de identificação do jornalista.

A jornalista Vanessa Bonon, que trabalhou no Diário do Comércio, O Tempo, TV Alterosa, M3 Vídeo, Rádio Inconfidência, entre outros veículos, e agora está na Inglaterra, conta que usou a carteira da FIJ para se identificar no serviço de imigração e na assessoria de imprensa da União Europeia.

“Quanto mais nossa categoria for blindada pelo Sindicato e pelos meios oficiais, melhor”, comentou Vanessa, que também usou a carteira, quando morava nos EUA, para comprar o media ticket de acesso à Disney e ao Sea World.

O mesmo uso da carteira da FIJ já fez a jornalista Flávia Scalzo, que trabalhou 11 anos na Record TV Minas e desde 2018 mora em Portugal. Graças ao documento, ela teve acesso gratuito ao Castelo de Guimarães, “berço de Portugal”, e às Termas Romanas, em Braga.

Flávia informou também que em Portugal a carteira serve como prova de que o portador é graduado. “Eu não precisei fazer prova de título, como acontece em outras profissões”, explicou.

Como fazer a carteira de jornalista

Para obter a carteira da FENAJ, o jornalista deve procurar o Sindicato de Jornalistas de seu estado ou município, apresentando os seguintes documentos: Carteira de Identidade ou outro documento que contenha seu número de Registro Geral e data de expedição; Carteira de Trabalho, com a anotação do Registro Profissional e cópia do Diploma ou Certidão de colação de grau em curso superior de Jornalismo, quando o profissional for diplomado. Em caso de renovação, basta apresentar a Carteira Nacional de Jornalista vencida ou a vencer. A validade é de três anos.

O documento custa R$ 400; jornalistas sindicalizados têm desconto de 75%. A taxa deverá ser depositada na conta bancária da FENAJ.

Para obter a carteira internacional de jornalista, por exigência da FIJ, o jornalista precisa ser sindicalizado. São exigidos preenchimento de formulário, cópia da carteira da FENAJ dentro do prazo de validade e uma foto 3×4. O custo do documento é de 55 euros.

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