Após uma luta coletiva que reuniu dezenas de profissionais que foram demitidos pela CNN Brasil em 1º de dezembro, o Sindicato dos Jornalistas e a emissora assinaram um Acordo Coletivo que prevê uma indenização aos trabalhadores, além de prioridade na recontratação e um valor adicional para que os jornalistas consigam pagar planos de saúde durante o período em que buscam um novo trabalho.
Nas últimas semanas, o Sindicato e o conjunto de trabalhadores demitidos realizaram diferentes assembleias para apresentar suas reivindicações junto à CNN Brasil. No final de dezembro, durante o recesso, o departamento jurídico e a diretoria da entidade ainda estavam trabalhando para fechar as negociações e redigir o Acordo Coletivo com a emissora.
Os trabalhadores demitidos de São Paulo terão direito de um a dois salários, dependendo do tempo em que trabalharam na empresa. Além disso, receberão R$ 1.350 para custear o plano de saúde. Por fim, terão prioridade na recontratação para as mesmas vagas das quais foram demitidos, dentro de um prazo de 12 meses.
Para Raphael Maia, coordenador jurídico do Sindicato dos Jornalistas, “esse Acordo Coletivo é fruto da experiência acumulada pela entidade na luta contra a ocorrência de dispensas coletivas sem prévia negociação sindical”.
Thiago Tanji, presidente da entidade, destaca a importância da mobilização coletiva dos trabalhadores. “Conseguimos realizar assembleias com dezenas de jornalistas, que apresentaram suas reivindicações e propostas. Foi graças a esta força que conseguimos negociar com a emissora. É lógico que a recontratação dos jornalistas seria o melhor diante desta demissão coletiva, mas o sentimento dos profissionais neste momento é de algum alento diante de uma situação tão difícil quanto à vivenciada em dezembro do ano passado.”
Agora, o Sindicato continuará em contato com os jornalistas que permanecem na empresa e já relatam problemas por conta do excesso da carga de trabalho após as demissões de dezenas de profissionais.
A luta do Sindicato dos Jornalistas é por salários, direitos e dignidade. Que o exemplo dos trabalhadores da CNN se espalhe para as demais empresas. Juntas e juntos somos mais fortes!