Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas
Jornais e Revistas da Capital

Jornalistas de jornais e revistas da capital rejeitam manobras patronais e reforçam mobilização na Campanha Salarial 2025

Conheça a linha do tempo das negociações
Redação - SJSP

A Campanha Salarial 2025 de jornalistas de jornais e revistas da Capital segue marcada por intensa mobilização da categoria e pela postura intransigente dos patrões. Desde o início das negociações, em junho, os jornalistas vêm apresentando propostas que buscam garantir a reposição integral da inflação. A categoria aprovou ainda um indice acima da inflação, como forma de recompor perdas passadas, além da valorização de direitos sociais.

As empresas insistiram, ao longo do processo, em impor reajustes rebaixados e tentar dividir a categoria através de faixas salariais.

Na primeira rodada de negociação, em junho, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) apresentou uma pauta que incluía:

•             reposição integral da inflação de 5,2% (INPC acumulado até abril de 2025) mais 4% de aumento real;

•             valorização do vale-refeição, com valor mínimo de R$ 35 por dia, sem desconto;

•             extensão do auxílio-creche para todos os jornalistas, independentemente de gênero;

•             pagamento integral das horas extras em domingos e feriados;

•             manutenção das cláusulas sociais e cumprimento do piso salarial integral. 

Em assembleia realizada no dia 23 de junho, a categoria aprovou contraproposta com reajuste geral de 6,2%, aumento de 7,2% no piso salarial, VR de R$ 35/dia sem desconto e manutenção de todos os direitos da Convenção Coletiva, com o objetivo de avançar nas negociações.

No dia 11 de julho, quase 130 jornalistas se reuniram e aprovaram, de forma unânime, um indicativo de paralisação. A decisão foi tomada após as empresas de jornais e revistas da capital reapresentarem à categoria uma proposta já rejeitada em assembleia anterior.

Em uma nova assembleia do dia 28 de julho, cerca de 150 jornalistas reunidos em assembleia rejeitaram por unanimidade a proposta patronal, considerada insuficiente, e aprovaram nova contraproposta que garantiu:

•             reajuste retroativo a 1º de junho;

•             aumento de 7,2% no piso;

•             ganho real de 6% para salários até R$ 14 mil e de 5,5% para salários acima disso;

•             VR de R$ 35/dia;

•             auxílio-creche para todos;

•             pagamento integral de horas extras em domingos e feriados.

As empresas de jornais e revistas da capital apresentaram sucessivas propostas que não atenderam às reivindicações da categoria. Em julho, ofereceram 5,2% de reajuste apenas para salários até R$ 11 mil e um valor fixo de R$ 572 para quem ganhasse acima disso. O VR foi fixado em R$ 27,88 por dia, e ainda foi proposta a substituição da retroatividade por um abono compensatório — proposta rejeitada em assembleia.

Em agosto, os patrões voltaram a insistir em reajustes diferenciados por faixa salarial: 5,2% para salários até R$ 13 mil e R$ 700 fixos para quem recebesse acima desse valor. Mais uma vez, a categoria rejeitou por unanimidade.

No início de setembro, três meses após o início das negociações, sem acordo firmado, os patrões aplicaram unilateralmente a proposta rejeitada em assembleia, impondo 5,2% de reajuste até R$ 13 mil e R$ 700 fixos para os demais. O SJSP classificou a manobra como um verdadeiro golpe contra a negociação coletiva.

Em resposta, o SJSP convocou na maior assembleia já convocada e aprovou paralisação de duas horas no dia 10 de setembro, como forma de pressionar o patronal a retomar as negociações com seriedade.

Em 2021, jornalistas de jornais e revistas da capital realizaram uma paralisação histórica diante de outra negociação difícil. Esse exemplo de luta coletiva foi resgatado nesta Campanha Salarial, reforçando a importância de que a mobilização conte com a participação de todos os colegas, seja presencialmente nas redações ou de forma remota.

As e os jornalistas de jornais e revistas da capital seguem firmes na luta por valorização profissional, ganhos reais e melhores condições de trabalho.

veja também

relacionadas

mais lidas

Acessar o conteúdo