Com os salários atrasados há 45 dias, os jornalistas da Editora Três, empresa que publica as revistas impressas ISTOÉ e DINHEIRO, farão assembleia hoje, às 18h, para decidir se entrarão em greve por conta dos atrasos nos pagamentos – e do descaso da diretoria em relação ao caso. Ao certo, os jornalistas consideram que não há mais qualquer outra alternativa para solucionar esse problema, que vem afetando profundamente a vida das pessoas, que não seja cruzar os braços. Sem rodeios, os jornalistas têm tentado dialogar com a empresa, mas as promessas de quitação dos salários atrasados, já são três quinzenas, são frequentemente descumpridos.
A Editora Três, surpreendentemente, encontra-se em dificuldade financeira menos de dois anos depois de ter a Recuperação Judicial aceita pela justiça. A empresa, além de estar com os salários atrasados, não deposita o FGTS dos trabalhadores e nem sequer pagou o 13º do ano passado. Mais ainda. A Editora Três mantém seus jornalistas precarizados pelo pejotismo (98% da redação das revistas) e todos estão sem receber os pagamentos dessas três quinzenas. Legalmente, uma empresa em Recuperação Judicial não pode descumprir as leis trabalhistas. “A situação está insuportável. Depois de várias promessas e negociações não cumpridas, os jornalistas podem dar um basta a essa situação”, afirma Thiago Tanji, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo.
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