O jornalista Roland Marinho Sierra, de 85 anos, faleceu no último sábado (28), na capital paulista, vítima de infarto. O sepultamento ocorreu domingo (29), no Cemitério Campo Grande, na região sul da cidade de São Paulo. A missa de sétimo dia ocorre neste 5 de maio (sábado), às 18h30, na Paróquia Santa Rosa de Lima, na Rua Apiacás nº 250, em Perdizes, na zona oeste paulistana.
Sindicalizado há 60 anos, desde janeiro de 1958, Sierra era advogado, formado pela Universidade de São Paulo. Começou no jornalismo na década de 1950, na Folha de S.Paulo, onde era repórter especializado em política.
Em mais de seis dácadas de carreira, Sierra foi um profissional engajado e em diferentes períodos fez parte da direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), como na Comissão de Sindicância, entre 1958 e 1959, e na diretoria executiva que retomou a entidade durante a ditadura, ao lado de Audálio Dantas, de 1975 a 1978.
Dos momentos importantes que contam a história dos 80 anos do Sindicato, o jornalista esteve, entre outros, no culto ecumênico realizado na Catedral da Sé, organizado pela direção do SJSP e por outras entidades em memória de Vladimir Herzog, que havia sido assassinado sob tortura nos porões do Doi-Codi, em outubro de 1975.
Na última década, Sierra vinha se dedicando à Comissão de Ética do SJSP, tendo sido eleito pela última vez em julho de 2016.
“Para nós, a marca dele era ser uma pessoa extremamente inteligente e culta. Ele prova que as pessoas não precisam ter dinheiro para ter cultura porque não veio de uma família rica, mas de uma família simples, que estudou muito e que dava muito valor à cultura”, relata a filha, Renata de Toledo Sierra.
O bom humor do jornalista é a marca que fica na memória, segundo a filha. “Ele usava a cultura e a inteligência que tinha para fazer piada e sempre tinha uma observação bem humorada sobre a vida”, completa Renata.
A direção do SJSP expressa seu pesar e solidariedade aos familiares e amigos de Roland Marinho Sierra.
Neste vídeo gravado para o Museu da Pessoa, que compartilhamos em memória do jornalista, Roland relata sua experiência na Folha de S.Paulo.