Sabemos que o jornalismo tem papel fundamental na sociedade, por ser o vínculo entre o poder (político, econômico, social) e o cidadão. E para atender à grande demanda de informação e serviços, o jornalismo se ramifica em diversas áreas. Uma delas é a sindical, que se dedica a abastecer de informações a classe trabalhadora, para que possa garantir a conquista de direitos e de entendimentos entre os lados (patrão e empregado) e amparar os sindicatos quanto à comunicação necessária. As ações de comunicação desenvolvidas pelos jornalistas sindicais visam promover a sensibilização da opinião pública, assim como o senso crítico para que os diretos dos trabalhadores sejam compreendidos e respeitados.
Neste curso, os participantes terão o conceito e a contextualização do jornalismo sindical, assim como o entendimento de como se deve atuar na prática do dia a dia. É uma oportunidade interessante de descobrir um outro campo de atuação, na qual poderão exercitar o jornalismo nos seus variados canais, como TV, rádio, impresso e internet.
Público: jornalistas profissionais ou estudantes de jornalismo
Datas: segundas e quartas
Julho: 2, 5, 7, 12, 14, 16, 19, 21, 23, 26, 28 e 30, das 20h às 22h.
Valor: R$ 462 (em até 12 vezes) e R$ 416 (em até 12 vezes) para sindicalizados
OBJETIVOS
– Discutir o jornalismo no âmbito da história do movimento sindical no Brasil
– Contextualizar a força do jornalismo impresso na área sindical
– Trabalhar a integração e a conexão das variadas mídias de forma que possam beneficiar o trabalho dos jornalistas e gerar valor para os trabalhadores
– Analisar a presença da internet e das mídias sociais digitais como parceiras do jornalismo sindical
– Adaptar assessoria de imprensa e RP nas funções do jornalista sindical.
DISCIPLINAS:
1. História do jornalismo sindical
Esta disciplina traz a relevância do jornalismo sindical a partir das primeiras mobilizações dos trabalhadores, no século 19 e da criação do movimento sindical. Discute o tema seguindo a uma linha do tempo, o que valoriza ainda mais o setor.
2. Jornalismo Impresso
Esta sempre foi a grande força da comunicação entre os sindicatos e os trabalhadores. Jornais, folhetos, entre outros informativos eram o principal canal para o entendimento dos acordos salariais, de trabalho, de direitos sociais das empresas. Embora hoje esse veículo concorra com a internet, ainda permanece atuante. No entanto, para sua efetividade, depende das técnicas dos profissionais jornalistas.
A disciplina aborda o conteúdo e a linguagem dos jornais voltados aos trabalhadores, suas diferenças com outros veículos do mesmo tipo e traz exemplos que facilitem o entendimento.
3. Mídias integradas
O planejamento da comunicação no meio sindical precisa considerar como uma das principais ações, a integração das mídias, devendo-se pensar estratégias tanto para a mídia offline quanto a online. A disciplina segue a esse princípio e, a partir do avanço tecnológico, contempla em suas ações de comunicação, a internet, o rádio, a TV e a mídia impressa.
4. Mídias sociais digitais
As redes sociais da internet são, atualmente, os grandes canais onde estão todos os públicos, a todo momento, sejam os trabalhadores, os sindicatos, os patrões e o governo. Eles permitem uma comunicação horizontalizada, na qual os setores se colocam lado a lado. Daí a necessidade de se relacionar com um conteúdo, uma mensagem e uma narrativa que vão ao encontro das expectativas desses públicos. Nessa perspectiva, a disciplina discute as principais redes, como redes e como veículos, orientando sobre o papel do jornalista sindical em cada uma.
5. Assessoria de Imprensa e RP
Estar na mídia e ser conhecido, no cenário atual com as novas mídias, não é algo tão difícil assim. O mais difícil é estabelecer estratégias assertivas para que os sindicatos e suas categorias estejam na mídia o maior tempo possível e de forma positiva. A disciplina contextualiza essa área do jornalismo e traz algumas estratégias de assessoria de imprensa e relações públicas que possam orientar as ações de comunicação.
PROFESSORES
ELIANA LOUREIRO apresentou ano passado o Data storytelling das fake news da pandemia na SMWSP, seu projeto de estudo do Doutorado. Em 2020 ainda conduziu a oficina Como contar histórias usando dados no Intercom, o maior congresso de comunicação do País. É doutoranda em Ciências Humanas e Sociais pela UFABC, mestre em Comunicação pela ESPM, graduada em Propaganda e Marketing pelo Mackenzie e pós-graduada em Jornalismo pelo Senac-SP. Professora da pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital da Faap, de cursos livres da Belas Artes e Mackenzie, e instrutora de Web Analytics da Alura. Especializada em marketing digital, foi head of copy da Edelman, community manager do Google Cloud, coordenadora da área digital do marqueteiro político Paulo de Tarso dos Santos, redatora da Sunset e atualmente é coordenadora de métricas voluntária do projeto InformaSUS-UFSCar.
CONCEIÇÃO OLIVEIRA possui especialização em História (lato sensu: História Social da Cultura:1990) pela Universidade Estadual de Campinas; Licenciatura em História pela Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo (1990); Graduação em História pela FFLCH, Universidade de São Paulo (Bacharelado: 1987). Aluna do curso de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (2007). Tem experiência na área de Educação e História, com ênfase no ensino fundamental, médio, na formação de educadores e produção de materiais didáticos impressos e para a televisão; atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de história (metodologia e prática), história africana e afro-brasileira, educação para a igualdade étnico-racial, gênero e diversidade, educação em direitos humanos. Tem experiência na Formação Sindical. Prêmio Jabuti 2005 e 2008 na categoria Didático e Paradidático Ensino Fundamental e Médio.