Embora a internet carregue desde seu início uma aura de democracia e igualdade, já se entende que as coisas não são bem assim. Há, no mundo digital, uma replicação de normas e padrões desde há muito aceitos e praticados no mundo off-line. O jornalismo não escapa disso. Redações, fontes e pautas ainda seguem privilegiando padrões patriarcais, brancos e heteronormativos deixando de lado uma diversidade cultural, social e econômica que só tem a enriquecer o desenvolvimento da prática jornalística.
É certo que o ambiente digital é mais acessível que as mídias tradicionais, permitindo que coletivos se formem e mais parcelas da sociedade possam se identificar com o conteúdo produzido. Porém, é preciso tratar o tema da maneira certa para que os resultados desejados sejam conquistados.
Neste sentido, o curso Jornalismo Digital para a Diversidade vai apresentar como adequar a comunicação digital para atender a esses públicos.
Público: Jornalistas profissionais e estudantes de jornalismo
Datas: segundas, quartas e sextas
Setembro: 1, 3, 8, 10, 13, 15, 17, 20, 22, 24, 27 e 29
Valor: R$ 462 (em até 12 vezes) e R$ 416 (em até 12 vezes) para sindicalizados
OBJETIVOS
– Discutir a prática do jornalismo com foco na diversidade
– Entender o contexto de diversidade no momento atual
– Compreender o alcance e particularidades das plataformas digitais na disseminação de informação e engajamento
DISCIPLINAS:
1 Adequação de conteúdo
O propósito desta disciplina é trabalhar o cuidado com o conteúdo, no sentido de ter linguagem e abordagem voltadas ao respeito à diversidade independentemente da plataforma a ser utilizada.
2 Canais voltados a grupos de minorias
Redes Sociais, serviços variados de streaming (Spotify, Netflix etc.) além dos sites e até mesmo plataformas de comércio eletrônico têm em si características particulares que devem ser compreendidas de forma a produzir o melhor conteúdo para cada uma. Esta disciplina, além de trazer essas principais características, também vai abordar as melhores maneiras de reforçar o caráter inclusivo de cada uma.
3 A relevância do tema nas perspectivas econômica, política e social
O termo “diversidade” tem conceitos e implicações muito significantes não só em termos de produção de conteúdo digital. Os cenários econômico, político e social também são altamente afetados e transformados. Por isso, o trabalho jornalístico voltado à diversidade precisa ser desenvolvido com esse olhar mais contextualizado.
4 Conteúdo voltado à mobilização
Quando se fala em diversidade, a prática tem o compromisso com a mobilização. Neste sentido, o jornalismo também tem um papel fundamental na disseminação de informações. Para além disso, tem ainda o propósito de informar para engajar, neste sentido o uso jornalístico das plataformas digitais pode contribuir muito.
PROFESSORES
FABIANO PEREIRA é Doutorando, pesquisador bolsista CAPES, mestre em Comunicação, área de concentração Comunicação Audiovisual, na linha de pesquisa Análises de Produtos Audiovisuais, em que se dedica ao estudos de Cinema e seus meios expressivos pela perspectiva de inovação histórica. Possui especialização em Cinema, Vídeo e Fotografia – Criação em Multimeios. Jornalista e designer de formação. Além dos sete anos na área acadêmica, tem experiência de mais de dez anos na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo, como repórter e editor, em publicações de mídia impressa de larga circulação nacional e online. Militante aprendiz das causas de direitos humanos, especialmente pelo viés das questões relativas à raça, gênero, estrutura econômica, social e ambiental.
JOYCE PAIS é jornalista (Universidade Presbiteriana Mackenzie), pós-graduada em Mídias Digitais (Centro Universitário SENAC) e criadora do portal Cinemascope. Atuou no jornal O Estado de S. Paulo e Museu da Pessoa, é membro da ABRACCINE (Associação Brasileiras de Críticos de Cinema) e Coletivo Elviras – Mulheres Críticas de Cinema. Já ministrou aulas na Academia Internacional de Cinema (AIC), Casa Guilherme de Almeida, Casas das Rosas e Instituto de Cinema (INC). A convite do Canal Brasil integrou júris em festivais pelo país como o CineramaBC, Mix Brasil, É Tudo Verdade e Kinoforum. Curadora da mostra competitiva de curta-metragem do 52° Festival de Brasília. Diretora e roteirista do documentário em pós-produção, Iracunda, que discute o cinema brasileiro sob o olhar de mulheres que fazem parte dele.
MARCUS VINICIUS DE JESUS BOMFIM é relações-públicas e professor dos Cursos de Relações Públicas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e Universidade Anhembi Morumbi. Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP. Membro do Núcleo de Estudos de Comunicação Comunitária e Local (COMUNI)