Na última quinta-feira, 24 de julho, cerca de 150 jornalistas das redações de jornais e revistas da cidade de São Paulo se reuniram para discutir a proposta patronal apresentada na mais recente rodada de negociação.
Por unanimidade, a categoria rejeitou o plano das empresas de aplicar o reajuste pela inflação do período (5,2%) apenas dentro de uma faixa salarial. Também causou indignação o fato de os patrões sequer abrirem discussão sobre a valorização do Vale-Refeição, mantendo o desconto do benefício independentemente dos salários.
As e os jornalistas aprovaram a seguinte contraproposta:
- Reajuste nos salários e cláusulas econômicas, com retroatividade a 1º de junho
- Reajuste de 7,2% no piso salarial
- Adoção de faixas salariais para cálculo de ganho real:
– 6% de reajuste para salários até R$ 14 mil
– 5,5% de reajuste para salários acima de R$ 14 mil - Vale-Refeição diário de, no mínimo, R$ 35 para todas as empresas, sem desconto
- Auxílio-creche para todos os jornalistas
- Pagamento de 100% das horas extras realizadas aos domingos e feriados
O valor de R$ 14 mil como referência para o cálculo do ganho real considera negociações anteriores da Convenção Coletiva de Trabalho. Em 2023, as empresas propuseram reajuste para salários até R$ 12.186,00, valor que, corrigido para 2025, corresponde a cerca de R$ 14 mil.
A categoria também aprovou uma proposta de mobilização virtual caso as negociações desta semana não avancem efetivamente. Uma nova assembleia será convocada na quinta ou sexta-feira, a depender da realização de nova mesa de negociação com as empresas.
É fundamental ampliar nossa participação e convidar colegas das redações a se somarem às assembleias e às ações da categoria. Seguimos em luta por salários, direitos e dignidade!


