A marcha em defesa da Palestina intitulada “1 ano de genocídio, 1 ano de resistência”, realizada na Avenida Paulista e na Rua Augusta, na capital paulista, na noite desta terça-feira 8 de outubro, contou com a participação de representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e de outros sindicatos de trabalhadores(as). A marcha foi convocada por diversos grupos e entidades, entre as quais a Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP).
O presidente Thiago Tanji e diversos outros diretores do SJSP participaram da atividade, que teve início no MASP, local de concentração. A caminhada saiu de lá e percorreu a Paulista até a Augusta, de onde centenas de manifestantes, sempre escoltados por soldados da Polícia Militar, seguiram até a Praça Roosevelt. Não houve incidentes.
Apesar da participação relativamente pequena, numericamente inferior a protestos anteriores contra o genocídio em Gaza, a marcha conseguiu chamar a atenção da população, graças às faixas, bandeiras e cartazes empunhados pelos(as) manifestantes e à distribuição de impressos. Além das palavras de ordem entoadas, como “Israel, estado terrorista e assassino! Viva a resistência do povo palestino!”.
A manifestação era necessária, porque, um ano após o ataque do grupo palestino Hamas realizado em 7 de outubro, no qual perderam a vida cerca de 1.200 israelenses entre militares e civis, e o início quase imediato da retaliação de Israel, o número de pessoas assassinadas em Gaza pelas forças armadas israelenses já chega a 42 mil, na sua maioria mulheres e crianças, e 97 mil sofreram ferimentos.
Além disso, a maioria dos quase 2 milhões de habitantes de Gaza está passando fome, como a ONU e outras organizações têm denunciado insistentemente. No mundo todo, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas nesta semana para pedir cessar-fogo imediato e o fim do genocídio.
Mais grave ainda é que Israel continua a comportar-se, cada vez mais, como um Estado fora-da-lei, delinquente, genocida, terrorista. Voltou a expandir os assentamentos ilegais e os “postos avançados” na Cisjordânia, atacando alvos civis palestinos até mesmo com jatos de combate, a pretexto de enfrentar os grupos palestinos que resistem à ocupação. De outubro para cá, já assassinou mais de 700 palestinos(as) na Cisjordânia.
Contando com amplo apoio dos EUA, Israel assassinou duas das principais lideranças árabes: o palestino Ismail Haniya, dirigente do Hamas, em Teerã; e o libanês Hassan Nasrallah, dirigente máximo do grupo libanês Hezbollah, em Beirute. A pretexto de combater o Hezbollah, Israel já matou mais de 2 mil libaneses, na sua grande maioria civis, por meio de ataques aéreos, e invadiu o território libanês com tanques e tropas. A investida israelense causou uma resposta do Irã, que disparou mísseis contra Tel Aviv.
Assim, Israel deu início a uma guerra regional, ao mesmo tempo em que continua massacrando o povo palestino. Razão pela qual o SJSP exorta o governo brasileiro a romper relações com Israel, de modo a pressionar esse país a modificar seu comportamento terrorista e belicista.
Veja aqui dossiê da Al Jazeera sobre o genocídio em Gaza.