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DOSSIÊ GENOCÍDIO EM GAZA – Edição de 6 e 7 de junho

Redação - SJSP

O número de palestinos assassinados por Israel em Gaza e na Cisjordânia continua a crescer. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, mais de 36.500 palestinos foram mortos e mais de 83 mil feridos desde o início dos ataques israelenses. Essa terrível contabilidade recebeu o acréscimo de 27 óbitos no dia 6 de maio, em decorrência de uma nova atrocidade cometida pelas forças armadas de Israel ao atacar uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nuseirat.

Ao mesmo tempo, ignorando inúmeros pedidos de diversos países e especialmente uma ordem explícita da Corte Internacional de Justiça de Haia, Israel dá prosseguimento a suas operações militares na cidade de Rafah, cujo resultado mais emblemático foi o incêndio que matou mais de 40 refugiados palestinos e feriu cerca de 200, como resultado de um bombardeio realizado na noite de 26 de maio. Nesse cenário catastrófico destaca-se a hipocrisia dos EUA, que pedem moderação e cuidado com a população civil ao mesmo tempo em que prosseguem fornecendo armamentos a Israel.

Munições norte-americanas foram usadas no ataque israelense ao campo de refugiados em Rafah. De acordo com o New York Times, “as bombas GBU-39 utilizadas no ataque são consideradas mais precisas e os EUA encorajaram Israel a utilizá-las para reduzir as vítimas civis”! A covardia das forças armadas  do regime sionista é tal que foi censurada até mesmo pela Arábia Saudita, país conhecido por desrespeitar os direitos humanos. O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita denunciou as “contínuas violações flagrantes de Israel de todas as resoluções, leis e normas internacionais e humanitárias” em Rafah, e apelou à comunidade internacional para “parar os massacres genocidas contra o povo palestino e responsabilizar os responsáveis”.

Existe grande expectativa em torno de um acordo entre Israel e Hamas, com mediação do Qatar e outros países, que envolva cessar-fogo e troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos. No entanto, o governo Netanyahu vem colocando dificuldades para o avanço das negociações. O Hamas quer a retirada completa das tropas israelenses e o fim dos ataques, o que é tido como inaceitável pelo regime sionista, que deseja manter o controle colonial sobre Gaza e acaba de convocar mais 350 mil reservistas.

Por outro lado, na Cisjordânia o Exército de Israel e os colonos israelenses de extrema-direita continuam matando palestinos, e em Jerusalém uma multidão de jovens sionistas aproveitou a “Marcha da Bandeira”, comemoração provocativa da tomada dessa cidade por Israel em 1967, para promover arruaças e ataques a palestinos. Dois jornalistas foram agredidos e quase linchados.


Israel bombardeia escola da ONU em Gaza e mata 27 palestinos. Ataque realizado em 6 de maio na cidade de Nuseirat, no centro de Gaza, teve como pretexto, mais uma vez, a suposta presença de combatentes do Hamas. Matéria publicada pelo Brasil 247

“Os israelenses querem os reféns de volta. Então, por que o governo de Netanyahu os ignora?”. Artigo da pesquisadora e conselheira política Dália Scheindlin publicado em 5 de junho no jornal Haaretz. “Sondagem após sondagem, a maioria dos israelitas vê o regresso dos reféns detidos pelo Hamas em Gaza como uma prioridade nacional. Mas o governo Netanyahu não deveria precisar de pesquisas para saber que isso é um imperativo moral”. A autora revela que diversas pesquisas mostram que a maior parte da população dá prioridade ao retorno dos reféns. “No final de maio, uma sondagem encomendada pelo programa de notícias de sexta-feira do Canal 12 revelou que 64% do público israelita acreditava que a libertação dos reféns era o objetivo número um de Israel nesta fase da guerra – mais do dobro do número que afirmou que o objectivo principal é derrotar o Hamas (30%)”. Disponível aqui

“Biden endossa proposta israelense de cessar-fogo em Gaza”. Reportagem do New York Times

“Mau planejamento, má informação: como Israel atingiu o lotado campo de refugiados de Rafah, matando dezenas”. Reportagem do jornal israelense Haaretz cita fontes das forças armadas de Israel segundo as quais o terrível resultado do ataque de 26 de maio foi o resultado de um mau planejamento. Imagens de satélite e uma investigação do exército israelita indicam que as IDF “não conseguiram avaliar adequadamente” os danos que o ataque da semana passada a dois integrantes do Hamas causaria, levando à morte de pelo menos 40 palestinos em Rafah. Leia aqui a matéria

Bombas norte-americanas GBU-39 foram usadas no ataque de Israel que incendiou campo de refugiados em Rafah e matou dezenas de palestinos. Confira aqui a reportagem da CNN norte-americana

“Ataque israelense que matou 45 pessoas no campo de palestinos deslocados em Rafah foi um ‘erro trágico’, diz Netanyahu”. Reportagem da CNN disponível aqui registra alegações hipócritas do primeiro-ministro de Israel

“Enquanto o Norte de Israel queima, os moradores desistem de esperar ajuda do governo”. Reportagem do jornal Haaretz revela dificuldades crescentes do regime sionista para debelar os incêndios provocados por foguetes lançados pelo Hezbollah. Confira aqui

Brasil retira oficialmente seu embaixador em Israel. Disponível aqui

Durante “Marcha da Bandeira” em Jerusalém, milhares de jovens sionistas atacam Cidade Velha e bairro muçulmano, e agridem dois jornalistas. O jornalista israelense Nir Hassom, do jornal Haaretz, tentou defender o jornalista palestino Saif al Qawasmi, que foi encurralado e atacado por um numeroso grupo de jovens que participavam da Marcha. A polícia teve dificuldade para conter os manifestantes de extrema-direita. Confira na reportagem do Haaretz e também no perfil da TRT World no Instagram

“Repórteres Sem Fronteiras apresenta terceira queixa ao TPI sobre crimes de guerra israelenses contra jornalistas em Gaza”. Desta vez, a RSF pede à Procuradoria do TPI que investigue os assassinatos de 9 repórteres palestinos entre 15/12/2023 e 20/5/2024, bem como, de forma mais ampla, os mais de 100 assassinatos de jornalistas cometidos pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) desde 7 de outubro em Gaza. Matéria publicada no site do SJSP

“Jornalistas de Gaza têm sido alvo de matança sistemática por Israel”, denuncia repórter palestina ao Barão de Itararé. “Ser jornalista na Palestina é caminhar sobre um campo minado”, diz a repórter Hind Shraydeh em entrevista ao jornalista Felipe Bianchi, do Barão de Itararé e ComunicaSul e disponível no site Viomundo

“Israel visa secretamente legisladores dos EUA com campanha de influência na guerra de Gaza”. Reportagem do The New York Times revela como o Ministério de Assuntos da Diáspora, órgão do governo israelense “que conecta judeus de todo o mundo com o Estado de Israel”, organizou uma operação que utilizou contas falsas nas redes sociais para induzir parlamentares dos EUA a votarem a favor de ajuda financeira norte-americana às forças armadas israelenses (IDF). Leia aqui

“Espionagem, hacking e intimidação: a ‘guerra’ de nove anos de Israel contra o TPI exposta”. Reportagem do jornal inglês The Guardian revela as diversas delinquências praticadas pelo Estado de Israel contra o Tribunal Penal Internacional, importante órgão judicial da Organização das Nações Unidas. O jornal relata que Israel “mobilizou as suas agências de inteligência para vigiar, piratear, pressionar, difamar e alegadamente ameaçar funcionários seniores do TPI, num esforço para inviabilizar as investigações do tribunal”, e que interceptou as comunicações (chamadas telefônicas, mensagens, e-mails e documentos) até mesmo do atual promotor-chefe Karim Khan e de sua antecessora Fatou Bensouda. Confira aqui a publicação original em inglês

Diretor do Mossad teria ameaçado promotora do TPI por investigação contra Israel. O antigo chefe da agência de inteligência estrangeira de Israel ameaçou Fatou Bensouda, então promotora-chefe do Tribunal Penal Internacional, durante uma série de reuniões secretas nas quais tentou pressioná-la a abandonar uma investigação de crimes de guerra cometidos por Israel nos territórios palestinos ocupados. Matéria do jornal inglês The Guardian (disponível aqui), traduzida e publicada pelo Poder360 (aqui)

“Que Netanyahu queime no inferno do mesmo jeito que aquelas crianças queimaram”. Emocionante discurso do deputado Thomas Gould, do partido Sinn Féin, referindo-se ao covarde e pavoroso ataque de Israel a refugiados palestinos em Rafah, durante a sessão do Parlamento da Irlanda que reconheceu o Estado da Palestina, em 28 de maio. Reportagem do Irish Independent, disponível aqui. Uma publicação desse vídeo com legendas em português pode ser encontrada no perfil da Fepal no Instagram

Na tribuna do Parlamento Europeu, a deputada irlandesa Grace O’Sullivan lê impactante mensagem sobre Gaza recebida do fotojornalista Mohammed Zaanoun, e conclui pedindo imediato cessar-fogo e medidas efetivas de auxílio à população gazeana. Confira no perfil dela no Instagram

“Chico Buarque, Gilberto Gil, Emicida e Wagner Moura pedem a Lula ruptura de relações com Israel”. “Estamos convencidos, querido presidente, que é hora de nosso país se juntar às demais nações que romperam relações diplomáticas e comerciais com o Estado de Israel, exigindo o cumprimento das decisões que colocam fim ao genocídio e garantem a autodeterminação do povo palestino”, afirmam artistas e intelectuais em manifesto dirigido ao presidente da República. Disponível no site Opera Mundi

“Cais dos EUA para ajuda a Gaza danificado por mar agitado”. Matéria publicada no jornal norte-americano The New York Times e disponível aqui

Polícia alemã agride e espanca jovens manifestantes durante protesto pró-Palestina em Berlim. Confira neste perfil do Instagram

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