A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/SP), em nome de toda a classe trabalhadora do estado, vem a público cobrar explicações sobre a falha ocorrida na noite de terça (4/02), na Linha 3-Vermelha do Metrô, que gerou pânico e insegurança, entre outros tantos transtornos que atingiram milhares de usuários da capital em pleno horário de pico.
Além da superlotação e da má qualidade do serviço prestado, falhas como a ocorrida na Linha 3-Vermelha vem se repetindo há tempos – e cada vez com maior frequência – em diversos trens do Metrô e da CPTM, sem que o governador paulista, Geraldo Alckmin, ou seu secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, tenham a dignidade de dar as devidas respostas à população.
Em vez de admitir os problemas que os trabalhadores e trabalhadoras enfrentam cotidianamente, bem como buscar soluções urgentes para a mobilidade urbana, o que vemos é o governador do estado mais importante do país falar em “sabotagem” para justificar mais um dia de caos.
E, novamente, a declaração do secretário de Jurandir Fernandes, se resumiu a culpar os usuários, desta vez acusando-os de “vândalos”, inclusive, sem assumir a responsabilidade do governo pelo sucateamento dos transportes metropolitanos – abandono que, aliás, se repete em outras áreas, como a saúde e a educação.
Como se não bastasse, a composição que provocou o caos na noite de terça-feira faz parte de uma frota que é recordista de panes graves, cujos trens foram reformados pelo consórcio MTTens, denunciado pelo Ministério Público paulista por formação de cartel e superfaturamento de milhões de reais desviados dos cofres públicos.
Em nome dos trabalhadores e trabalhadoras, a CUT São Paulo exige explicações à altura do respeito devido à população, além de medidas efetivas para melhorar a mobilidade urbana e, consequentemente, a qualidade de vida de milhões de cidadãos que dependem do transporte público, em especial do sistema metroferroviário.
*Nota oficial da CUT/SP sobre o caos no Metrô