Jornalistas de jornais e revistas do interior, litoral e Grande SP mantiveram, em assembleia no dia 25 de julho, rejeição à proposta do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas no Estado de São Paulo (SindJori), que tenta puxar a corda oferecendo apenas 10% de reajuste, com desconto de antecipações, para uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com vigência até 31 de maio de 2025!
Desde abril, quando o patronal vinha com 6,5% e sem garantia de manutenção da CCT, jornalistas têm resistido e participado assembleias gerais rechaçando as propostas patronais abusivas.
A categoria tem feito todos os esforços pela negociação. Na assembleia do dia 25 fechou a seguinte proposta, que já é de conhecimento do SindJori:
– Reajuste de 10% nos salários e demais cláusulas econômicas, a ser aplicado na folha de pagamento corrente;
– Reajuste de 3,34% nos salários até o mês de dezembro;
– Manutenção da CCT, incluindo a cláusula de PLR.
Ou seja: Uma proposta plenamente aceitável num cenário de baixa inflação.
VEJA MATÉRIA ANTERIOR
Mesa de negociação
A verdade é que jornalistas de jornais e revistas de todo o Estado de São Paulo, com exceção da capital, estão dois anos sem reajuste e CCT, que poderia ter sido fechada em junho, não fossem os artifícios do patronal.
O Sindicato pediu agendamento de mesa para os próximos dias. E o patronal nem venha com essa de crise no setor porque isso não justifica qualquer indisposição para negociar. Queremos fechar a CCT com dignidade.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), até 8 de julho, 87,8% das negociações da data-base junho alcançaram reajustes acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE).
Na nossa categoria, cuja data base é 1º de junho, a inflação apurada pelo INPC é:
– 11,9% entre 1º de junho de 2021 a 31 de maio de 2022
– 3,74% entre 1º de junho de 2022 a 31 de maio de 2023
– 3,34% entre 1º de junho de 2023 a 31 de maio de 2024
Significa que a categoria já abriu mão de muita coisa, admitindo 10% para dois anos. Mas agora, para uma convenção de vigência até 2025, acrescentar o índice de inflação desse período, que é de 3,34%, é o mínimo que se pode esperar.
Quanto mais o patronal demorar, mais terá a reparar!
Sem jornalista não há Jornalismo!
Em ano eleitoral, as empresas querem a roda girando, a redação em campo, e tudo circulando. Então, que valorizem seus profissionais.
Se a gente não reforçar a luta, esse desrespeito vai continuar. Cada colega presente, de cada redação do estado, pode e deve participar da próxima assembleia. Sem luta não há conquista!