A morte do jornalista Audálio Dantas, no último dia 30 de maio, aos 88 anos, vítima de câncer, nos faz lembrar os verdadeiros heróis de nosso país, aqueles que nunca se cansaram de defender a democracia, a igualdade e a equidade.
Sua sabedoria e toda uma vida pautada na ética e no respeito ao próximo permanecem como exemplo também no movimento sindical, já que ele deixou marcas por onde passou. Audálio foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, em 1975, quando Vladimir Herzog foi morto nos porões da ditadura militar.
Sobre o mesmo tema, lançou em 2013 o livro “As duas guerras de Vlado Herzog”, que deu a ele o Prêmio Jabuti na categoria ‘livro do ano de não ficção’. Entre os seus trabalhos, também foi responsável por revelar ao Brasil e a outros países do mundo, por meio de uma de suas reportagens e apoio, a escritora Carolina Maria de Jesus, no fim dos anos de 1950. Ela que, depois de tantos anos lutando, conseguiu publicar o livro “Quarto de despejo”.
O jornalista Audálio Dantas estará sempre presente na memória e na luta daqueles e daquelas que permanecem nas trincheiras da resistência por um Brasil justo onde não cabem golpes, censuras e, tampouco, ditaduras.
São Paulo, 5 de junho de 2018
CUT São Paulo