Termina nesta segunda-feira (5) a consulta à categoria sobre os rumos da Campanha Salarial de Rádio e TV, em assembleias que o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo realiza desde o último dia 1º nas redações da capital, do interior e do litoral paulistas.
A contraproposta votada pelos trabalhadores e trabalhadoras, e construída coletivamente nas assembleias, será levada à negociação com os empresários nesta terça-feira (6). Os detalhes da última contraproposta dos jornalistas, apresentada em 19 de janeiro aos empresários, estão disponíveis neste documento – http://bit.ly/PropostaRTV2017-2018
Neste dia 5 de fevereiro, as assembleias ocorrem nas seguintes empresas:
CAPITAL
11h – Jovem Pan
13h30 – Record
14h – Band (no restaurante)
15h30 – Rede TV
16h – ESPN
CBN Berrini – a confirmar
INTERIOR E LITORAL
13h – TV TEM Sorocaba
TV TEM Bauru
13h30 – TV TEM Rio Preto
TV Tribuna Santos
14h30 – TV Record Rio Preto
15h – Rádio Bandeirantes Sorocaba
TV Record Santos
15h30 – Rede TVT (São Bernardo do Campo)
16h – VTV Santos – a confirmar
Propostas dos empresários tem ampla retirada de direitos
Após oito rodadas, as negociações seguem num impasse devido à intransigência patronal, pois as empresas insistem na manutenção de uma pauta apresentada no último dia 15 de dezembro, com a retirada de diversos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os patrões também não quiseram manter a renovação das cláusulas até o final das negociações, como reivindicou o SJSP, e a CCT está sem validade desde o último dia 19 de janeiro.
Por isso, mais que o reajuste de salários e benefícios, a bancada dos jornalistas segue lutando pela preservação de cláusulas sociais CCT, sobretudo diante do impacto da reforma trabalhista que entrou em vigor em novembro do ano passado.
Apresentada em dezembro e com validade até este 8 de fevereiro (quinta-feira), a proposta dos empresários para a Campanha Salarial é a seguinte:
a) reajuste de 2,5% nas cláusulas econômicas (salário, benefícios como vales refeição, auxílio-creche, Participação nos Lucros e Resultados – PLR, entre outros);
b) retirada de nove cláusulas da Convenção Coletiva:
– quinquênio: o direito de acréscimo de 3% de salário a cada cinco anos de trabalho teria vigência até novembro de 2018. Depois do período, é congelado, ou seja, o jornalista mantêm o que acumulou até o período, mas o benefício deixa de existir para os demais profissionais que não tem cinco de trabalho;
– banco de horas: os patrões retiram o limite de 21 horas-extras de banco ao mês, passa-se o prazo de compensação de dois meses para seis meses, permite-se a compensação das 6ª e 7ª horas no banco para empresas com jornada de cinco horas e coloca-se a questão da redução do intervalo intrajornada unicamente na mão dos empresários;
– estabilidade de um mês na volta da licença maternidade: empresas podem demitir e indenizar;
– diária de viagem: empresas podem substituir pelo pagamento das horas-extras trabalhadas;
– estabilidade de até dois anos para o período pré-aposentadoria: empresas podem demitir e indenizar;
– férias: empresas determinam período e parcelamento de férias;
– exclusão de outras cláusulas: a de indenização de um salário para demitido com mais de 45 anos de idade, de estabilidade de até um mês para o afastado por motivo de doença e a de indenização de um salário adicional para quem se aposenta.
Na capital, entre outras redações, a consulta já ocorreu na BBC Brasil, na CBN Rua das Palmeiras, na TV e Rádio Gazeta, na Rede Globo e na TV Alesp. No interior e litoral, houve assembleias na Record Sorocaba, na Record Paulista (Bauru) e na TV Tem Itapetininga.
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Alterada em 05/02/2018 às 14h55 para correção de informação.