Cerca de 90 jornalistas do Estadão participaram na tarde desta sexta-feira (dia 12) de assembleia no pátio da empresa, organizada pela direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) onde aprovaram uma contraproposta que prevê o cancelamento das demissões, estabilidade por 30 dias e a continuidade das negociações.
Os trabalhadores também aprovaram o apoio à proposta de PDV apresentada no dia anterior pelo TRT.
No entanto, rejeitaram as propostas que permitem à empresa vetar o candidato voluntário e a escolha aleatória dos dispensados, caso não se atinja o número das 31. Também foi formada uma Comissão de Negociação composta por jornalistas, eleitos na assembleia, que acompanharão o andamento do processo.
Na audiência de conciliação entre o Sindicato e o Grupo Estado, ocorrida no dia anterior, os magistrados do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) propuseram a abertura de negociações e a criação de um plano de desligamento voluntário (PDV).
Na audiência, a direção do jornal apresentou o número oficial de demitidos, no total de 31, mas que por força de liminar estavam temporariamente suspensas.
O desembargador Davi Furtado Meirelles e a juíza Patrícia Therezinha de Toledo encaminharam então proposta conciliatória que prevê plano de desligamento voluntário (PDV), mas nele o Estadão poderia vetar qualquer um dos candidatos voluntários e, não atingido o número desejado, cortaria a seu critério.
Também foi apresentada pelo TRT proposta de indenização extra ao trabalhador dispensado correspondente a um salário por ano de casa ou cinco salários nominais a cada jornalista que optasse pelo PDV; manutenção por seis meses de plano de saúde; estabilidade no emprego de 6 meses para os demais jornalistas da empresa, entre outros.
Foto: André Freire