Depois de receber uma denúncia anônima, encaminhada pela Regional Bauru na última quarta-feira (25), a direção do SJSP entrou imediatamente em contato com a editora chefe de jornalismo da Rádio Unesp FM, Liene Castro, para solicitar as mudanças necessárias em edital de concurso público para preenchimento de vaga de jornalista/repórter da rádio universitária e garantir a exigência de nível universitário em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo.
O regulamento do processo seletivo – n° 12/2011 – é de responsabilidade da Fundação para o Desenvolvimento da Unesp (FundUnesp), com organização e aplicação da prova pela Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Fundação Vunesp).
“O problema é que o edital traz apenas a exigência de ensino superior, com registro no Ministério do Trabalho e experiência de seis meses na área. Isso abre brecha para que jornalistas não diplomados possam concorrer, comprometendo a credibilidade do concurso público e a qualidade do jornalismo de uma rádio bancada por universidade pública”, afirma Lílian Parise, secretária de Interior e Litoral do SJSP.
A falha da publicação do edital foi repassada à chefe de jornalismo da Rádio Unesp que afirmou ter havido um equívoco na publicação do edital. “Até para ser coerente com a conduta da Unesp, responsável por um curso reconhecido de Jornalismo, vamos retificar o edital e fazer constar a exigência de nível superior em Comunicação Social com habilitação em jornalismo”, afirmou Liene Castro, que deixou clara sua opção por selecionar um jornalista diplomado.
O concurso público deve contratar profissional para preenchimento de uma vaga para jornalista/repórter com salário de R$ 1.749,49 para uma jornada de 30 horas semanais, além de benefícios como assistência médica, vale transporte e vale alimentação. As inscrições serão abertas às 10h da próxima segunda-feira (30) e serão encerradas às 16h do dia 28 de fevereiro próximo.
“Antes da abertura do processo seletivo, aguardamos a retificação do edital para garantir a contratação de um jornalista diplomado comprometido com a ética e a qualidade de informação tão necessárias ao exercício do jornalismo, principalmente em uma universidade pública”, alerta Lílian Parise.