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Jornalistas defendem diploma e direitos humanos

Jornalistas defendem diploma e direitos humanos


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Neste 7 de abril, Dia do Jornalista, o Sindicato Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) defendeu a Democracia e o diploma específico para o exercício da profissão. As atividades ocorreram no auditório da entidade, espaço Vladimir Herzog. Entre elas, houve uma vigília pela PEC do diploma e pelo fim terceirização nas relações de trabalho. Os jornalistas também pediram liberdade de expressão, respeito aos direitos humanos e cidadania e a continuidade a investigação da Comissão da Verdade e Justiça, da qual o SJSP contribui para relatar a participação dos jornalistas na luta contra a ditadura.

O presidente do Sindicato, José Augusto Camargo (Guto), a ex-presa política e diretora da entidade, Rose Nogueira, o filho do Vladimir Herzog, Ivo, diretor do Instituto que também leva o nome pai – jornalista assassinato pela ditadura e o artista plástico Elifas Andreato – autor do quadro “25 de Outubro”, que retratou o assassinato de Herzog e o secretário municipal dos Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT) apoiaram o evento do Dia do Jornalista. Na ocasião Ivo, anunciou o projeto para a construção do Museu da Imprensa.

A Luta dos Jornalistas

José Augusto Camargo, que abriu os trabalhos, explicou por que 7 de abril é o Dia dos Jornalistas. Rose Nogueira falou de sua passagem na prisão e de seu retorno ao trabalho. “Após ser presa e torturada – depois do nascimento do meu filho – quando fui libertada, descobri que tinha sido demitida por abandono de emprego no jornal Folha de São Paulo”.

Rose relembrou a atuação do Sindicato contra a ditadura militar e no episódio do assassinato do jornalista Vladimir Herzog. “Audálio Dantas derrotou a chapa de direita que disputava a entidade, dando início a luta contra a ditadura e a falta de liberdade de expressão”. Ela também sugeriu que os nomes dos 26 jornalistas assassinados pela ditadura sejam colocados em placas nos corredores da sede do SJSP.

Terceirização

Na opinião de Rose, a atual a terceirização por que passam os veículos de comunicação e a queda da obrigatoriedade do diploma prejudicam a qualidade jornalística.  “Não se ouvem mais os dois lados de uma notícia”, observa Rose. Ela também disse que no Dia dos Jornalistas a categoria foi “brindada” com a demissão de 50 profissionais no jornal O Estado de S. Paulo.

Já Eduardo Suplicy elogiou a instauração da Comissão da Verdade do SJSP (CVSJSP) e se comprometeu a ajudar na reforma do auditório Vladimir Herzog, como local histórico de resistência à ditadura militar.

Milton Bellintani que coordenou a CVSJSP, trouxe um breve relato dos depoimentos colhidos na Comissão da Verdade dos Jornalistas, na qual participaram 15 depoentes, que traçaram a história de resistência da categoria no regime militar. Ele lembra o manifesto assinado por 1004 jornalistas e publicado em jornais da época do assassinato de Herzog, contestando a versão de suicídio divulgada pelos torturadores. Esta atitude, segundo Bellintani, fez com que os jornalistas fossem a segunda categoria a se manifestar contra a ditadura – a primeira foram os metalúrgicos da Cobrasma, em Osasco, que realizaram a primeira greve de confronto contra os militares. Bellintani sugeriu que o manifesto sobrescrito pelos jornalistas fosse transformado em placa a ser afixada no auditório Vladimir Herzog.

Homenagem

O artista plástico Elifas Andreato – autor do quadro “25 de Outubro”, que retratou o assassinato de Herzog, foi homenageado durante o evento que marcou a entronização da tela, que foi recentemente restaurada. Ele também recebeu sua ficha de sindicalização. Elifas não era até então sindicalizado. Ele descerrou a obra que ele doou ao Sindicato, na época da resistência à repressão.

Os dirigentes do Sindicato dos Gráficos de São Paulo, Alex Patez e Alexandre Gaúcho participaram do evento em solidariedade aos jornalistas e doaram ao Instituto Vladimir Herzg uma pedra litográfica (que realizou as primeiras impressões coloridas no Brasil) em homenagem ao jornalista assassinado pela ditadura.

 

Celulares

Os jornalistas vencedores do sorteio realizado no evento de cinco celulares Samsung Galaxy em comemoração ao Dia do Jornalista foram Oswaldo Rodrigues de Souza Filho (MS 9.027), Anselmo José Ferreira da Silva (MS 4.990) – eles pagaram a anuidade e a semestralidade de 2015, Denis Robson de Carvalho (MS 16.892) – renovou sua sindicalização em 2015, Vilma Gomes (MS 62.696) e Sidney Oscido (MS 12.39984) – estavam em dia com as mensalidades.

 

 

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Legenda das fotos: a mesa do ato político e o descerramento da obra de Elifas

Fotos: Douglas Mansur 

 

 

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