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Em unanimidade, jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação aprovam estado de greve

Em unanimidade, jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação aprovam estado de greve


Frente à proposta da empresa de 0% de reajuste e de retirar uma série de direitos do Acordo Coletivo de Trabalho, assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras decide construir paralisação

Nesta terça-feira (7), os jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) reuniram-se em uma grande assembleia nacional para discutir o que fazer frente à proposta de retirada de direitos apresentada pela direção da EBC aos Sindicatos na Campanha Salarial 2017-2018.

Em todas as falas, os trabalhadores e trabalhadoras afirmaram que é preciso cruzar os braços. Por unanimidade, foi aprovado o estado de greve. Nova assembleia acontece nesta sexta-feira (10/11), marcando a participação no Dia Nacional de Lutas, quando podem decidir o início da paralisação.

Já aconteceram sete rodadas de negociação entre a Comissão de Negociação que representa a empresa estatal nacional de comunicação pública e os sindicatos de jornalistas e radialistas das praças de São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro, com o acompanhamento de entidades nacionais como a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Outra reunião está agendada para esta quinta-feira (9), às 9h.

Proposta da empresa

A EBC não aceita dar qualquer reajuste às cláusulas econômicas, inclusive nos salários. A direção da empresa alega que está disposta a negociar, mas não negocia de fato –  afirma que não vai avançar em relação ao 0%.

A reivindicação inicial dos trabalhadores pedia a reposição nos salários da inflação pelo IPCA (a projeção para o período, de acordo com o DIEESE, deve ser de 2,74%) e das perdas acumuladas nos dois últimos anos, que somadas são de 4%. Outras pautas econômicas que ficariam sem reajuste são a Ajuda Alimentação, Auxílio às Pessoas com Deficiência, Auxílio Creche, Seguro de Vida em Grupo.

A proposta da empresa inclui, ainda, retirar direitos dos jornalistas e radialistas, como o Vale Cesta Alimentação (pago somente nos meses de dezembro e junho), a garantia de translado para os trabalhadores por questões de segurança, a Complementação de Auxílio Previdenciário, a realização de homologações das rescisões de contrato nos sindicatos, Vale Cultura, a multa pelo descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), entre outros. Na última reunião de negociação, a EBC somou um item à lista: o fim do quinquênio para os trabalhadores que ingressarem na empresa.

Por fim, a EBC ainda negou quase todas as propostas de melhorias feitas pelos trabalhadores, à exceção de algumas questões de caráter formal, como reformular a cláusula de abrangência do acordo.

Contraproposta dos trabalhadores e trabalhadoras

Na assembleia desta terça-feira (7), as categorias reafirmaram a decisão de não aceitar nenhum direito a menos. Em todas as praças, houve grande mobilização entre jornalistas e radialistas, que se mostram profundamente insatisfeitos com a postura da empresa.

Para mostrar disposição de negociação, a assembleia aprovou enviar uma contraproposta, concentrando alguns itens da pauta de reivindicações inicial.

O índice de reajuste reivindicado para todos nas cláusulas econômicas foi reduzido para 4,5%. Os profissionais decidiram também abrir mão de várias demandas, para se concentrar na exigência de manutenção dos direitos, e em seis propostas de melhorias: a Preservação do Quadro Efetivo (cláusula que busca combater a terceirização), o Direito de Consciência, o Controle de Frequência e Jornada de Trabalho, a constituição de uma Mesa Permanente de Acompanhamento do ACT, a redução da carga horária para uma parte dos trabalhadroes, e a instituição de um piso salarial no valor de R$ 3.000,00.

Os Sindicatos de Jornalistas e Radialistas de São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro esperam, na reunião desta quinta-feira (9), respostas da empresa à contraproposta que mostrem verdadeira disposição em encontrar um acordo, para que a assembleia do dia 10 (sexta-feira) não seja levada a aprovar a paralisação dos serviços.

Escrito por: Redação – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

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