Entrar nas redações de jornais, televisão, rádios, agências de notícias e ver uma grande quantidade de mulheres trabalhando é comum nos dias de hoje. Mas nem sempre foi assim. A inserção no mercado foi consolidada pouco a pouco, e só no final da década de 1950, as profissionais conquistaram espaço político não apenas no jornalismo mas também como participantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. Antes dos anos 50, a maior expoente foi Margarida Izar, fundadora da entidade em 1937 e integrante da primeira diretoria da entidade (vide ficha de filiação).
Em 1956, foi criado o Departamento Feminino do Sindicato, pioneiro no Brasil. Seu objetivo era centralizar os problemas profissionais das mulheres que trabalhavam na imprensa em prol de seus direitos. Em 1960 ele é extinguido e retorna em 2010, na atual gestão, com o Coletivo de Mulheres Jornalistas, lançado oficialmente no Dia da Mulher e que representa o Sindicato nas instâncias das Mulheres, como em Congressos, Encontros, entre outros.
Na década de 80, o Sindicato teve a sua primeira presidenta: Maria de Lourdes Fernandes (na foto,a primeira na segunda coluna do lado esquerdo) que comandou a entidade de
A presença feminina nas redações tem reflexos na atual diretoria do Sindicato. Nada menos do que cinco mulheres compõem a Executiva. Os homens são quatro. Nas filiações elas também avançaram – são mais de 1.400 sindicalizadas, sendo que na categoria as mulheres são a maioria, 53%.
A representação feminina tem exigido que suas necessidades estejam cada vez mais refletidas nas pautas de reivindicações da categoria. A luta é contínua contra toda forma de discriminação; por salários iguais para funções iguais; ampliação da licença maternidade para 180 dias; auxílio-creche para todas; políticas contra as práticas de assédio sexual e moral e outros itens de interesse direto delas.
No âmbito geral, atento às lutas gerais das mulheres, o sindicato se junta a outras entidades sindicais na CUT para defender o fim da violência contra a mulher com a efetiva aplicação da Lei Maria da Penha; a ratificação da Convenção 156, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata do compartilhamento das responsabilidades familiares; e o recorte de gênero em todas as políticas públicas.
Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo quer lembrar que a data não é comemorativa, mas um dia de luta e reflexão. E refletindo, o que a direção do sindicato pode desejar é que as mulheres se empoderem e se apoderem de sua entidade representativa, que participem e ajudem a construir e fortalecer o Coletivo das Mulheres Jornalistas, para que a igualdade de direitos, de oportunidades e de participação política não sejam somente bandeiras, mas se tornem realidade na vida da nossa categoria profissional.
Diretoras do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, que integram o Coletivo das Mulheres Jornalistas,
e diretores em apoio à todas as lutas das Mulheres.
São Paulo 8 de Março de 2012
Atividades do Dia Internacional da Mulher
São Paulo
Ato unificado no Centro de São Paulo, a partir das 14h, concentração na Praça da Sé e caminhada até a Praça da República
São José do Rio Preto – CUT/SP
Panfletagem no Terminal Rodoviário da cidade, nas feiras livres, nas escolas e nas faculdades, durante todo mês de Março.
Campinas
Atividade intitulada “Quinta- preta” que vem a ser um dia da semana em que um grupo de mulheres negras de Campinas e região se reúnem para conversar e socializar suas dores e prazeres de serem mulheres negras brasileiras.
A Regional Campinas do SJSP escolheu a diretora de base, Fernanda de Freitas para ser a homenageada. A atividade será no Clube Machadinho (Rua Cerqueira,66, Vila Industrial), a partir das 17, com um happy hour . Entre atividades, bate papo com mulheres sobre suas experiências, regada a uma seleção musical especial, além da apresentação da primeira sanfoneira de Campinas.
No sábado, a partir das 9 horas, na Praça da Catedral, acontece o Ato do Dia Internacional de Luta das Mulheres, com todos os movimentos de mulheres que atuam na cidade, além de várias entidades e sindicatos.
Sorocaba
Panfletagem e mobilização das 9 às 11 horas na praça Cel. Fernando Prestes e imediações. No período da tarde das 16 às 18 horas no Terminal Santo Antonio e Imediações.
Dia 9 de Março: Debate “Violência Contra as Mulheres e a Lei Maria da Penha”, das 19 às 21:30, no Auditório do 4° andar do Sind. dos Metalúrgicos.