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Diante da Hebraica, grupos pró-Palestina realizaram protesto contra major genocida, porta-voz do Exército de Israel

Redação - SJSP

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) apoiou e participou de protesto realizado por entidades e grupos pró-Palestina nesta segunda-feira (18 de agosto) à noite em frente ao Clube Hebraica, na Avenida Marginal, em São Paulo, contra a presença do major genocida Rafael Rozenszajn, porta-voz em português do Exército de Israel, que esteve naquele clube para lançar livro de sua autoria, em evento que também envolveu a participação do jornalista Roberto Cabrini. 

Estiveram igualmente representadas na manifestação entidades como a Federação Árabe-Palestina do Brasil (Fepal) e a Frente Palestina de São Paulo, além do Coletivo Shireen Abu Akleh de Jornalistas Contra o Genocídio e de torcidas de futebol antifascistas.

Nascido no Brasil, Rozenszajn migrou para Israel, onde cursou Direito e passou a trabalhar como promotor militar na Cisjordânia, atuando contra presos palestinos. Ele veio ao Brasil para lançar seu livro A Guerra de Narrativas, no Rio de Janeiro e na capital paulista. A obra defende a posição supremacista e genocida de Israel. No dia 7 de agosto, o major palestrou para oficiais da Polícia Militar do RJ e particularmente para o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), responsável pela morte de centenas de populares em diversas chacinas praticadas ao longo de décadas.

No Instagram, Rozenszajn assim enalteceu seu encontro com o BOPE, comparando Gaza com as empobrecidas comunidades cariocas: “Foi uma honra compartilhar reflexões e trocar experiências com profissionais que representam o mais alto nível de coragem, preparo e dedicação ao serviço público. Durante nossa conversa, abordamos não apenas aspectos técnicos e estratégicos, mas também as realidades complexas que conectam diferentes cenários de conflito ao redor do mundo”, disse, omitindo o genocídio que já causou pelo menos 62 mil mortes.

“A Faixa de Gaza apresenta desafios extremos como áreas densamente povoadas, ameaças assimétricas, risco constante para civis e necessidade de operações precisas em ambientes urbanos — características que, de forma distinta, também se refletem no enfrentamento ao crime organizado no Rio de Janeiro”, declarou, equiparando realidades totalmente distintas, mas nas quais são igualmente empregadas tecnologias militares desenvolvidas por empresas israelenses.

“Tanto em Gaza quanto nas comunidades mais conflagradas da nossa cidade, o operador precisa atuar em um cenário de alta tensão, com risco iminente, decisões rápidas e responsabilidade moral de proteger inocentes. A disciplina, a inteligência tática, o trabalho em equipe e a resiliência mental são ferramentas indispensáveis para o sucesso e para a preservação da vida”, disse Rozenszajn, sem citar (ao menos no texto publicado) a carnificina que o Exército de Israel perpetra diariamente em Gaza e na Cisjordânia.

Os e as manifestantes citaram a cumplicidade da mídia comercial brasileira e estrangeira frente ao genocídio, o assassinato por Israel de cerca de 250 jornalistas palestinos, o assassinato de médicos e de trabalhadores humanitários, e os inúmeros crimes de guerra que Israel vem cometendo contra civis palestinos, em especial o enorme infanticídio. “Nunca mataram tantos jornalistas quanto Netanyahu mata. São assassinatos deliberados, porque eles querem esconder o que está acontecendo com o povo palestino”.

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