O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) manifesta apoio ao jornalista (que pediu para não ser identificado), funcionário da Guarujá Previdência, autarquia da prefeitura do município, que sofreu assédio moral após compartilhar uma data comemorativa sobre o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ no grupo de trabalho no WhatsApp. A Regional Santos do SJSP está em contato permanente com a vítima e constatou o assédio moral.
Segundo o jornalista, que registrou Boletim de Ocorrência, em 28 de junho, após compartilhar uma publicação da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Orgulho LGBT+ e um conteúdo do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os direitos conquistados pelas pessoas LGBTQIAPN+, ele teve seu perfil e suas mensagens removidos pelo chefe da autarquia.
Os conteúdos referiam-se a leis que são fruto de lutas históricas. “Eu não fiz qualquer comentário no grupo sobre as postagens, apenas divulguei porque essa é minha função, e os conteúdos eram de interesses públicos e sociais”, afirmou o jornalista.
Assédio em ambiente de trabalho
Não é a primeira vez que o jornalista acusa a chefia da Guarujá Previdência de prática de assédio em ambiente de trabalho. Há algum tempo ele se queixa de agressão verbal, perseguição no exercício do trabalho, entre outras exposições, como assédio moral e práticas homofóbicas de seu superior.
Apesar de ser concursado e aprovado para exercer a função de Analista Previdenciário Jornalista, cujas atribuições são “redigir, interpretar e organizar notícias a serem divulgadas sobre as atividades da autarquia, realizar reportagens de rádio e televisão ao vivo e matérias gravadas, acompanhar eventos culturais, entre outras”, a Guarujá Previdência não reconhece a função jornalística exercida pelo funcionário.
O Sindicato cobrará providências cabíveis e presta toda solidariedade e apoio ao colega, diante de mais uma violação de direitos constitucionais e humanos de um jornalista.
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