Categoria apresenta contraproposta de reposição da inflação e manutenção da CCT
Por unanimidade, jornalistas de jornais e revistas do interior, litoral e Grande SP rejeitaram em assembleia proposta do Sindicato das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas no Estado de São Paulo (SindJori). A categoria aprovou contraproposta que preserva os salários de perdas inflacionárias e que mantém a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) integralmente:
O patronal propôs 7% de reajuste salarial para o período de dois anos, de 1º/06/22 a 31/05/24, somente nos salários e nos vales alimentação e refeição, sem retroatividade. Em relação à CCT, propôs exclusão de quatro cláusulas: de Participação nos Lucros e Resultados (PLR), de auxílio creche, uma que trata de comunicação e prazo de pagamento de rescisão contratual e outra que obriga as empresas a entregarem documentos para requisição de benefícios ao INSS. Respectivamente, cláusulas 13, 20, 27 e 53.
CONHEÇA A CCT HISTÓRICA
Desacato
Jornalistas consideraram um desacato a proposta patronal de retirada de cláusulas da CCT e não recomposição das perdas pela inflação. Durante a assembleia, colegas relataram o drama desses dois anos com salários defasados e sem uma série de direitos. Relatos foram de situações mais graves ao clube que os filhos não podem mais frequentar, o churrasco que não se pode mais fazer com os amigos etc.
Após rejeição unânime da proposta, a categoria aprovou a seguinte contraproposta:
- reposição dos índices de inflação (11,9% retroativo a 1º/6/2022 e 3,74% retroativo a 1º/6/2023) nos salários e demais cláusulas econômicas;
- manutenção de todas as cláusulas da CCT;
- parcelamento dos retroativos em 3 vezes, num gesto de esforço pela negociação.
Categoria preparada
A contraproposta foi apresentada ao patronal e a próxima rodada de negociação está programada terça-feira (7), conforme sugerido pelo SindJori.
A categoria precisa ficar bem ligada, pois nova assembleia deve ser chamada nos próximos dias. Até lá, é importante o debate entre os colegas, mas é fundamental a presença de cada jornalista na assembleia, onde se discute e se decide o que fazer.
É fato que, pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), uma CCT não pode ter vigência superior a dois anos. Então, busca-se uma negociação célere, que permita a assinatura da convenção até 31 de maio… mas de forma digna para as/os jornalistas, pois, também é fato:
Sem jornalista, não há Jornalismo!
Vamos em frente, em defesa de recomposição salarial e da CCT!!