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DOSSIÊ GENOCÍDIO EM GAZA – Edição de 5 de março

O assassinato no dia 29 de fevereiro, por tropas de Israel, de mais de uma centena de civis palestinos que aguardavam por comida (sacos de farinha) no norte da Faixa de Gaza, e faziam parte de uma multidão de pessoas famintas, desencadeou uma nova onda mundial de indignação frente às atrocidades em série cometidas pelas IDF, as forças armadas israelenses.

O novo crime de guerra de Israel causou enorme repercussão internacional e levou manifestantes à rua até mesmo em Tel Aviv, onde também houve fortes protestos contra o governo de Benjamin Netanyahu, reprimidos com violência pela polícia.

Outro fato impactante foi a autoimolação do soldado Aaron Bushnell, da Força Aérea dos EUA, quatro dias antes do chamado “massacre da farinha” em Gaza: o militar dirigiu-se para a frente do prédio da embaixada de Israel em Washington e ateou fogo no próprio corpo, sacrificando sua vida em protesto contra o genocídio em Gaza.

Cinco meses após a investida militar do Hamas de 7 de outubro, o número oficial de pessoas assassinadas por Israel na Faixa de Gaza já ultrapassou 30.500, na sua grande maioria crianças e mulheres, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Os feridos já somam 71.920. E agora o Exército israelense volta a atacar a Cisjordânia, invadindo Ramallah com fortes efetivos e matando jovens.

“Israel abre fogo, mata ao menos 112 e fere centenas que esperavam por comida em Gaza, diz Ministério da Saúde palestino”, relatou a CNN Brasil

Por meio do Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), o governo brasileiro emitiu uma nota em que condena o terrível episódio. “O governo Netanyahu volta a mostrar, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal. E cabe à comunidade internacional dar um basta para, somente assim, evitar novas atrocidades. A cada dia de hesitação, mais inocentes morrerão”, diz a nota do Itamaraty. “A humanidade está falhando com os civis de Gaza. E é hora de evitar novos massacres”. Conheça a íntegra da nota do Brasil

“Vídeo mostra disparos e munições traçantes enquanto palestinos buscavam ajuda humanitária em Gaza”. Vídeo gravado por afiliada da rede Al-Jazeera, do Qatar, mostra centenas tentando fugir e se proteger, no escuro, enquanto disparos são ouvidos ao fundo: “é possível ver várias munições traçantes, um tipo de projétil que se acende para iluminar um caminho determinado e ajudar tropas a ajustar a mira em seus alvos”. Segundo o New York Times, “apesar do autor dos disparos não aparecer no vídeo, a trajetória dessas rajadas mostra que partem do sudoeste da estrada costeira de Al-Rasheed, região onde estavam estacionados veículos militares israelenses, a apenas 250 m de distância”. Acesse aqui a matéria do jornal O Globo

Confira aqui cenas do “massacre da farinha”

“Cresce a condenação global pelo assassinato de requerentes de ajuda em Gaza por Israel”, relata a Al Jazeera. França propõe “investigação independente”, África do Sul condena massacre, China pede a Israel cessar-fogo e “proteger seriamente a segurança dos civis, garantir que a ajuda humanitária possa entrar e a evitar um desastre humanitário ainda mais grave”. Confira aqui

Teatrólogo brasileiro Gerald Thomas, que é judeu, se diz enojado com Israel. Confira no X

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, fala em “genocídio” e “Holocausto”: “Pedindo comida, mais de 100 palestinos foram mortos pelo (primeiro-ministro israelense Binyamin) Netanyahu. Isso é chamado de genocídio e lembra o Holocausto, mesmo que as potências mundiais não gostem de reconhecê-lo”. Disponível no seu perfil no X e também no site do Estadão

Protesto em Tel Aviv contra “massacre da farinha”, disponível aqui

Guga Chacra, da Globo News, comenta aqui a trágica situação criada por Israel no norte de Gaza

Documento da ONU revela como Israel tenta inviabilizar ajuda em Gaza, relata Jamil Chade no UOL

“Políticos de 12 países se unem para pressionar pela proibição de armas para Israel”. Reportagem do jornal britânico The Guardian, segundo a qual mais de 200 deputados de países que vendem armamentos para Israel — Reino Unido, Austrália, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Irlanda, Espanha, Turquia, Canadá, EUA e Brasil — comprometeram-se a tentar persuadir os seus governos a impor uma proibição a tais negócios. Disponível aqui

“Aaron Bushnell se recusou a ficar em silêncio sobre os horrores em Gaza”, relata Jacobin

“Autoimolação de militar contra massacre em Gaza mostra ‘mudança profunda na consciência dos Estados Unidos’”, diz Brasil de Fato

Mais de 50 jornalistas atuantes em emissoras internacionais de TV assinaram uma carta aberta aos governos do Egito e de Israel na qual exigem “acesso livre e irrestrito a Gaza para todos os meios de comunicação estrangeiros” e que cesse a matança de jornalistas palestinos por Israel. Entre os signatários citados pelo jornal Haaretz encontram-se Christiane Amanpour, destacada âncora da CNN, Jeremy Bowen (BBC) e Alex Crawford (Sky News). Segundo a carta, após “quase cinco meses de guerra em Gaza, aos repórteres estrangeiros continua a ser negado o acesso ao território, fora as raras viagens escoltadas pelos militares israelitas”. Confira aqui a matéria

Num ataque descrito como “o maior em anos”, o Exército de Israel invadiu a cidade de Ramalah na noite de domingo (3 de março), prendeu 55 palestinos e assassinou vários jovens. Confira aqui um dos casos:A despedida do menino Mohamed Murad Aldeek”, morto a tiros pelas forças de Israel quando invadiam a aldeia Kafr Nema. O jornal israelense Haaretz, por sua vez, relatou o assassinato de Tawfiq Hajazi, de 17 anos: Adolescente palestino-americano morto a tiros depois que israelenses dispararam contra grupo na Cisjordânia. Vídeo no Instagram registra o funeral de Mustafa Abu Shalbak, morto na invasão do campo de refugiados de Al-Amari na manhã de 4 de março.

Tropas israelenses atacam o campo de refugiados de Al-Amari perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 4 de março de 2024. Imagem: Issam Rimaw

Conheça algumas das pessoas que Israel assassinou desde outubro de 2023, neste comovente vídeo publicado no Instagram

“Apelamos a vocês, jornalistas, para que ajudem a nos mostrar a situação dramática na Palestina”. O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, afirmou, em entrevista à Agência Brasil, que a “grande mídia” brasileira ainda não mostra exatamente o que acontece em Gaza. Confira aqui

“A polícia de Israel mantém prisioneiros palestinos em celas improvisadas semelhantes a jaulas”. Reportagem do Haaretz disponível aqui

Num vídeo chocante, um soldado norte-americano a serviço de Israel e seus colegas de tropa documentam, em meio a gargalhadas e exclamações festivas, a detonação de quatro residências palestinas em Khan Yunis. Publicado no Instagram pelo Middle East Monitor

“AIPAC abre um fundo de guerra de US$ 100 milhões para derrubar candidatos progressistas”. Reportagem do jornal Político mostra como o Comitê Americano de Assuntos Públicos de Israel (AIPAC) ataca parlamentares que se opõem aos métodos do regime sionista. Confira aqui

Rich Siegel, músico judeu, protesta contra venda de imóveis na Cisjordânia: “Viola o direito internacional”, “Há um genocídio em andamento”. Disponível aqui

Ex-primeiro ministro de Israel acusa polícia de reprimir com violência os protestos contra Netanyahu. Leia na matéria da Agência Brasil

“Gaza hoje”.
Merece ser lido este novo artigo da jornalista portuguesa Alexandra Lucas Coelho,observadora sempre pertinente e afiada, publicado originalmente no jornal português Público ereproduzido em 1o/3 por A Terra é Redonda

“Israel é o lugar mais perigoso para um judeu”. Confira aqui o contundente depoimento de um rabino ortodoxo residente na Inglaterra

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