Convivendo com recorrentes atrasos de direitos básicos há mais de dois anos, jornalistas que trabalham na Editora Poder e no site Glamurama aprovaram um indicativo de paralisação em assembleia realizada na última segunda-feira, 25 de setembro, com a coordenação do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.
No início deste ano, as trabalhadoras e os trabalhadores sustentaram uma greve de 20 dias por conta dos atrasos de salários e de benefícios, como Vale Refeição e Vale Transporte, além do não recolhimento do FGTS.
Após alguns meses de normalização dos pagamentos, os atrasos retornaram nas últimas semanas. Alguns jornalistas ainda não receberam o pagamento mensal, e os benefícios estão atrasados há pelo menos três meses.
Soma-se a isso o fato de que a maioria da redação é “Pessoa Jurídica”, o que se constitui uma fraude trabalhista, já que as e os profissionais mantêm a habitualidade, a pessoalidade e a hierarquia na produção de conteúdos.
Jornalistas que pediram o desligamento da empresa também sofrem com a falta de pagamentos das verbas devidas, com recorrentes promessas de que os valores seriam quitados.
Diante de tudo isso, a assembleia aprovou que, caso os pagamentos não sejam regularizados nos próximos dias, uma nova reunião aprovará o início ou não de uma nova greve.
A Editora Poder/Glamurama pertence desde 2020 ao grupo de mineração Buritipar S/A, controlado pelo empresário João Araújo, considerado o maior explorador de manganês do Brasil.