Raphaela Sereno, 31, trabalhou por seis anos como designer gráfico na Abril onde atuou em várias revistas. Ela está entre as centenas de trabalhadores e trabalhadoras demitidos em massa que tomaram o calote dado pela empresa em agosto passado. Rapha é um das “Vítimas da Abril” que compartilha seus relatos na série de vídeos (confira o canal) que narram os impactos desse calote na vida dos demitidos.
Deficiente auditiva, a designer continua sem emprego, está endividada com o pagamento das parcelas de seu apartamento, perdeu o convênio médico que garantia o tratamento fonoaudiológico e não tem dinheiro nem para trocar nem para fazer a manutenção anual de seu aparelho auditivo.
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“Parei de fazer fono e, sem fono, eu estaria muda. Preciso continuar minha fono que custa R$ 400 por mês. Além da fono, tem a psicóloga, pois na minha deficiência auditiva a ansiedade faz parte da surdez. Estou com um aparelho há cinco anos, preciso trocar, mas não tenho dinheiro para pagar e custa R$ 20 mil. Faço manutenção desse aparelho uma vez por uma ano, que custa R$ 500 a R$ 600”.
Depois dos seis anos dedicados à Abril, período em que a profissional chegava a trabalhar inclusive em dias de folga, tudo o que empresa pagou até o momento foram apenas R$ 15 mil.
Confira o vídeo com a íntegra do relato de Raphaela: