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TV Record chama a polícia para calar manifestação dos trabalhadores

TV Record chama a polícia para calar manifestação dos trabalhadores


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Empresa impediu que Jornalistas e Radialistas utilizassem carro de som

Jornalistas e radialistas realizaram nesta quarta-feira (13) uma manifestação conjunta em frente à empresa, em protesto contra diversas atitudes da Record contrárias aos trabalhadores. No ato, não foi possível usar o carro de som. Numa atitude truculenta, a Record tentou calar a voz dos trabalhadores, chamando a polícia para que o carro de som do Sindicato dos Radialistas fosse proibido de continuar funcionando. O ato protestou contra as perdas nos salários (os jornalistas estão há 4 meses em Campanha Salarial, e os radialistas a estão iniciando), pagamentos extorsivos pelo plano de saúde e, no caso dos jornalistas, a exigência de que os trabalhadores fiquem uma hora a mais na empresa por conta do intervalo intrajornada para descanso e refeição.

Um bom número de funcionários (incluindo dois dirigentes sindicais radialistas demitidos pela empresa) participaram da manifestação, para pressionar a Record a rever este verdadeiro saco de maldades, e abrir negociações com o Sindicato. Se não houver bom-senso e a empresa não aceitar rever suas decisões arbitrárias, definidas sem diálogo com os trabalhadores e suas entidades representativas, o Sindicato pretende utilizar os instrumentos jurídicos necessários para reverter a situação.

O saco de maldades

Além de querer achatar salários (oferecendo um reajuste de 6% contra uma inflação de 10,97%), a Record está exigindo que os jornalistas fiquem uma hora a mais na empresa por conta do intervalo intrajornada para descanso e refeições, que nem sempre são realizadas na emissora. Também impõe uma mudança drástica no plano de saúde,  determinando um reajuste de até 80% no valor descontado dos funcionários, ou a opção por um convênio mais barato e de pior qualidade.

A hora a mais na empresa por conta do intervalo para refeição é uma medida que tem forte impacto na vida dos jornalistas, já que ocasiona mudanças na rotina das famílias. Há filhos a serem pegos na escola, aqueles que fazem cursos após o trabalho ou simplesmente se retira uma hora de convívio do trabalhador com seus familiares.

Uma primeira proposta saída da discussão do Sindicato com os jornalistas foi a redução da jornada de trabalho para 6 horas, sem redução de salário. Mas frente à urgência das mudanças, foi sugerido que sua implantação fosse adiada por um mês e a questão negociada setor por setor, mas a Record, se recusou a conversar. Há setores na empresa que, na prática, não têm como fazer o intervalo (equipes de reportagem) e sequer têm condições e local adequado de descansar (como é o caso do turno da madrugada).

 

Pior qualidade

O desconto maior no convênio médico cai também como um balde de água fria sobre as cabeças dos trabalhadores no momento em que os salários dos jornalistas não tiveram aumento, mas reajustam em até 80% o plano de saúde. Isso tem causado revolta nos funcionários pois, se não aceitarem pagar a mais para manter o mesmo padrão de atendimento médico, terão que optar por um plano mais barato e de pior qualidade.

Não é só contra os jornalistas que a Record tem agido de maneira brutal. No caso dos Radialistas, a truculência também tem sido uma tônica, a ponto de terem demitido recentemente dois dirigentes sindicais, quando exerciam suas funções como representantes dos trabalhadores e atuavam contra as 65 demissões de auxiliares dos repórteres cinematográficos

Os Radialistas também estão iniciando sua Campanha Salarial, e desde já podem contar com o apoio dos Jornalistas, pois ambas as categorias estarão unidas na luta contra os desmandos da TV Record e resistirão para que estas medidas não prejudiquem os trabalhadores.

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