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Após 30 anos, o cineclube Vladimir Herzog do Sindicato está de volta

Após 30 anos, o cineclube Vladimir Herzog do Sindicato está de volta


joo luiz cineclube

 

Jornalistas, arquitetos e cineclubistas decidem retomar o histórico Cineclube Vladimir Herzog do Sindicato 

 

Após 30 anos, no dia 24 de novembro de 2015, a partir das 19 horas, o Cineclube Vladimir Herzog volta a exibir filmes históricos.  Será no auditório que leva o nome do jornalista assassinado pela ditadura militar no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. A reinauguração será com o filme-documentário sobre o próprio Vladimir Herzog. A segunda sessão pública, no dia 8 de dezembro, trará o documentário sobre Carlos Marighela, no mesmo espaço de tantas lutas democráticas e históricas. As projeções ocorrerão todas as terças-feiras, exceto em feriados.

Para  João Luiz de Brito Neto, um dos participantes do cineclube do Sindicato em 1970 e do atual, a volta representa um movimento importante para a cidade. “Eu fiquei extremamente feliz. Reencontrei no Sindicato alguns jornalistas que me reconheceram do tempo que exibia os filmes. Decidimos organizar um grupo para retomar a exibição de filmes no Sindicato. Eu vejo novamente ela poderá ser uma sala marcante de exibição cinematográfica em São Paulo”.

O Cineclube Vladimir Herzog teve um papel importantíssimo na resistência à ditadura e na luta pela redemocratização do país. Filmes como “O Homem que Virou Suco” chegaram a um imenso público a partir das sessões realizadas no auditório Vladimir Herzog do Sindicato.

A dispersão que caracterizou o período inicial da redemocratização terminou por tirar forças do cineclube, pois muitos de seus membros atiraram-se na atividade frenética de fundação de partidos, sindicatos, centrais sindicais e organizações de luta.

Algumas iniciativas foram tentadas de retomada do cineclube, porém, terminaram por não vingar. Agora, um novo momento se abre, em que a luta pela democracia ganha enorme importância.

Manifestações que pedem golpe militar e instauração de ditadura exigem de jornalistas, cineclubistas, arquitetos, artistas, intelectuais, estudantes e trabalhadores uma tomada de posição clara. O Cineclube Vladimir Herzog, pelo próprio nome, já assume abertamente a luta pela democracia.

Nas telas passarão a realidade brasileira. Nos debates após os filmes, essa realidade será discutida, criticada e tomada como ponto de partida para ações concretas em defesa do Estado de Direito e do Estado Democrático.


O auditório Vladimir Herzog fica na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, na rua Rêgo Freitas, 530, sobreloja – República, São Paulo. Contato: (11) 3217-6299.

 

Legenda: João Luiz de Brito Neto

Foto: Vitor Ribeiro

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