Neste 03 de dezembro, Dia Internacional da Luta da Pessoa com Deficiência, a TV Brasil transmitiu o 1º prêmio de Acessibilidade. A mesma empresa (e governo) que cortou o auxílio a pessoas com deficiência no meio das negociações do Acordo Coletivo da EBC.
A questão da EBC com os raros e PCDS deve ir além do ACT. Precisamos dar espaço e condições desses funcionários trabalharem com qualidade e poderem crescer na empresa, termos linguagem inclusiva, ter acessibilidade e tradução em libras não só na nossa Tela, mas também nas reuniões com funcionários surdos.
Lembramos ainda que uma empresa pública de comunicação tem responsabilidade social com o conteúdo que produz. E por isso queremos dizer que é importante dar espaço para PCDs para além da transmissão das Paralimpíadas, que é sem dúvida algo muito importante.
Temos na casa Fernanda Honorato, a primeira repórter com síndrome de Down do país. Temos a Carla Maia, repórter e cadeirante. Somos uma das únicas faixas infantis a ter audiodescrição e até bem pouco tempo atrás possuíamos o jornal Visual, primeiro jornal feito totalmente em Libras no Brasil (que deveria voltar). Temos funcionários interessados e esforçados para fazer uma empresa muito mais inclusiva e acessível. Porque não aproveitar isso?
Lembramos que a EBC está sendo processada pelo Ministério Público do Trabalho por descumprir o percentual mínimo previsto em Lei para contratação de Pessoas com Deficiência. No momento temos apenas 23 funcionários PCDS, o que resulta em um déficit de 69 empregados. E ainda assim a empresa achou por bem cortar o auxílio a pessoa com deficiência desses 23 funcionários.
Neste dia da Pessoa com Deficiência, o pedido dos PCDS da EBC é simples: termos nossos direitos respeitados. Não cortem nosso auxílio de um dia para o outro. Nos ouçam e nos deem condições de fazer o nosso trabalho com excelência, como sempre fizemos.
Coletivo de Raros e PCDs da EBC
Comissão de Empregados