Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

SJSP vai à Justiça contra “home office” implantada no Bom Dia

SJSP vai à Justiça contra "home office” implantada no Bom Dia


bom dia

 

A direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) se reuniu nesta quarta-feira (6) com representantes da empresa Cereja Comunicação Digital para tentar resolver a inaceitável contratação dos profissionais do jornal Bom Dia na forma de “home office” (os jornalistas trabalham em casa, sem ter um local de trabalho).

Os diretores do SJSP foram unânimes na rejeição da modalidade adotada pela empresa e afirmaram que exigem o retorno imediato do trabalho profissional em redações. Para o Sindicato, isto é uma forma “vergonhosa” de precarização.

A proposta faz com que o profissional trabalhe em sua própria casa arcando com os custos de telefone, internet e deslocamentos para a produção jornalística e com salário reduzido. Além disso, não se consegue aferir a jornada de trabalho. Pela legislação, os jornalistas são contratados por 5 e 7 horas e devem registrar este horário em equipamento que comprove a presença (ponto).

“Para arcar com estes custos, a empresa ofereceu um abono de R$ 100,00 ao mês, o que, somado ao piso de 5 horas – proposto pela empresa – não garante a mínima dignidade para os jornalistas. É óbvio que teremos que recorrer à Justiça, caso a empresa não se disponha a cumprir a lei”, disse o presidente do Sindicato, José Augusto Camargo (Guto).

“O Sindicato não aceita em hipótese alguma a precarização que ocorre com o trabalho em casa, que traz vantagem só para  a empresa. Sem falar em vários outros problemas trabalhistas como a carga horária, que fica inviável de ser controlada”, afirma o secretário do Interior e Litoral, Edvaldo Almeida (Ed).

Segundo o coordenador do Departamento Jurídico do SJSP, Raphael Maia, o “home office” pode trazer futuras ações judiciais de grande porte, porque ignora inúmeros pontos da legislação que precisam ser respeitados, independente da forma de contratação.

Os problemas se iniciaram após a venda do periódico Bom Dia e do Diário de S. Paulo para Cereja Comunicação Digital. Se há problemas nos jornais do Bom Dia, o mesmo acontece no Diario de São Paulo. Os profissionais, apesar de estarem trabalhando na redação em Osasco (ainda não mudaram de lá), foram recontratados como PJs, cumprindo jornadas de trabalho extenuantes, de até 12 horas.

Nova reunião foi marcada para o próximo dia 21, quando a empresa se comprometeu a trazer os comprovantes de contratação dos jornalistas (como carteiras profissionais e holerites) e também do pagamento dos vales-refeição. Também deverão apresentar um plano de controle de frequência, da escala de folgas e da ajuda de custo.

Participaram da reunião desta quarta-feira o presidente do SJSP, José Augusto Camargo (Guto), o secretário geral André Freire, o secretário do Interior e Litoral, Edvaldo Almeida (Ed) e os adjuntos Fabiana Caramez e Zé Eduardo.


veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo