Mais de 100 jornalistas, reunidos em assembleia virtual da Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital, rejeitaram de forma unânime a proposta patronal de reajuste salarial e enfatizaram o pleito pela recomposição dos salários e demais cláusulas econômicas pela inflação do período (11,9%).
“Se a inflação fora de controle impacta as empresas, isso é sentido de maneira muito mais contundente por seus jornalistas, que enfrentam dificuldades para manter as mínimas condições materiais para as suas próprias vidas e de suas famílias”, afirmaram os jornalistas na carta aberta enviada aos patrões juntamente com as reivindicações aprovadas. (leia a carta aberta abaixo)
Diante de um segundo semestre de temas relevantes para a cobertura jornalística, a categoria destacou a urgência em fechar as negociações afirmando que “a negociação deste ano não pode se estender mais”.
Reivindicações
Além de reivindicarem o reajuste pela inflação (11,9%) em todas as cláusulas econômicas e em todas as faixas salariais, a categoria reforça que o reajuste deve ser retroativo à data-base, que é 1º de junho.
Os jornalistas aprovaram ainda a manutenção da redação das cláusulas 5ª (admitidos após a data-base), 17ª (participação nos lucros e resultados) e 61ª (contribuição negocial) e reivindicam a instauração de uma Comissão Paritária para discutir a extensão do auxílio-creche para jornalistas homens, ampliação da estabilidade para pais e mães após o nascimento dos filhos e licença parental.
Leia abaixo a carta aberta enviada aos representantes patronais pelos jornalistas
Caros representantes do Sindjore,
Nós, jornalistas do segmento de jornais e revistas, estivemos reunidos nesta quinta-feira em uma assembleia com a presença de mais de 100 colegas para rejeitar de maneira unânime a última proposta patronal. Além de discutir nossa contraproposta, também aprovamos esta carta aberta dirigida às empresas do segmento.
Consideramos fundamental a recomposição de nosso poder aquisitivo, sendo necessária a reposição integral da inflação para todos os salários, com pagamento na data-base do período.
Se a inflação fora de controle impacta as empresas, isso é sentido de maneira muito mais contundente por seus jornalistas, que enfrentam dificuldades para manter as mínimas condições materiais para as suas próprias vidas e de suas famílias.
Diante da chegada de um segundo semestre que será decisivo para a cobertura jornalística, com as Eleições Gerais e a Copa do Mundo, entendemos que a negociação deste ano não pode se estender mais.
Desta maneira, de modo franco e transparente, gostaríamos de solicitar um gesto mais incisivo das empresas na apresentação de uma proposta que consiga dar conta de nossas reivindicações. Afinal, a demora no fechamento de um acordo será ruim para ambos os lados desta negociação.
Atenciosamente,
Jornalistas de Jornais e Revistas de São Paulo