O Grupo de Trabalho “Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical”, da Comissão Nacional da Verdade (CNV) realizará no dia 1º de outubro às 9h30, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (rua Genebra, 25 – próximo a Câmara Municipal) um Ato Sindical Unitário.
O evento marcará a memória da resistência do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT ) ao golpe militar de 64 e contará com depoimentos de Clodismith Riani, que foi presidente da organização e Raphael Martinelli, que era líder ferroviário. Ambos foram perseguidos e torturados durante a ditadura. Também estará presente Rosa Cardoso, coordenadora da Comissão Nacional da Verdade.
Estes são os 11 pontos prioritários construídos em conjunto pelas centrais e a CNV:
1. Levantamento dos sindicatos que sofreram invasão e intervenção no golpe e após o golpe;
2. Investigação de quantos e quais dirigentes sindicais foram cassados pela ditadura militar;
3. Quais e quantos dirigentes sindicais sofreram prisão imediata ao golpe;
4. Levantamento da destruição do patrimônio documental e físico das entidades sindicais;
5. Investigação sobre prisões, tortura e assassinatos de dirigentes e militantes sindicais urbanos e rurais;
6. Vinculação das empresas com a repressão;
7. Relação do serviço de segurança das empresas estatais e privadas com a repressão e atuação das forças armadas;
8. Legislação antissocial e antitrabalhadores (lei de greve, lei do arrocho salarial, lei do fim da estabilidade no emprego, entre outras);
9. Levantamento da repressão às greves;
10. Tratamento dado à mulher trabalhadora durante a repressão;
11. Levantamento dos prejuízos causados aos trabalhadores e suas entidades pelo regime militar para reparação moral, política e material.