As direções do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Associação dos Repórteres Fotográficos de São Paulo (Arfoc/SP), Associação dos Jornalistas Veteranos no Estado de São Paulo (Ajaesp), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj),a Central Única dos Trabalhadores de SP (CUT/SP) e Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) realizam nesta segunda-feira (dia 28), a partir das 15h30, coletiva à imprensa a se realizar no auditório Vladimir Herzog do SJSP (Rua Rego Freitas, 530 – sobreloja – F: 3217-6299).
Em pauta, as recentes agressões aos profissionais de imprensa realizadas pela Polícia Militar paulista durante a cobertura de manifestações e eventos públicos. A entrevista antecede ato político que começará às 17 horas com concentração na praça Roosevelt, região central de São Paulo, seguida de caminhada à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (rua Líbero Badaró, 39).
A coletiva terá a presença dos presidentes do SJSP, José Augusto Camargo (Guto), da Arfoc/SP, Inácio Teixeira, e da Ajaesp, Amadeu Mêmolo, além de dirigentes da Fenaj e da CUT/SP, junto com vários profissionais agredidos pela PM, como Sérgio Silva (que perdeu uma das vistas ferido por um disparo de balas de borracha) e Yan Boechat (agredido com golpes de cassetetes), entre outros.
O SJSP, a Fenaj, a Arfoc/SP, a Ajaesp, a CUT/SP e a Abraji têm acompanhado com preocupação a crescente violência policial contra jornalistas nas manifestações públicas. Durante os protestos de junho, o próprio SJSP produziu um relatório dos jornalistas feridos e detidos pela PM e ou agredidos pelos manifestantes.
Também a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) apontou em levantamento recente que, de vinte agressões registradas contra jornalistas, 85% foram cometidas pela PM. Em 2012, estudo do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) já apontava que o Brasil ocupava o terceiro lugar nas Américas e o 11º no mundo no ranking de impunidade de crimes praticados contra os profissionais de imprensa.
A situação é tão preocupante que, recentemente, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República reconheceu que os ataques recentes da PM a jornalistas são “resquícios da ditadura militar”.
“É chegada a hora da reação e da discussão necessária para dar um basta aos aparelhos de repressão do Estado que assumem o papel de violadores da liberdade de imprensa e dos direitos humanos. Verdadeiro atentado à democracia!”, avalia a direção do SJSP em editorial publicado na última edição do jornal Unidade.
Serviço:
Coletiva: Violência contra jornalistas
Dia 28 (segunda-feira)
Horário: 15h30
Local: auditório Vladimir Herzog do SJSP (rua Rego Freitas, 530 – sobreloja)
Contato: Assessoria de Comunicação do SJSP – 11 3217-6299 ramal 6221