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Trabalhadores com carteira assinada podem ser prejudicados pela reforma de Temer

Trabalhadores com carteira assinada podem ser prejudicados pela reforma de Temer


Contratos mantidos por 48 milhões de trabalhadores no país poderão ser alterados quando a reforma entrar em vigor. “Quem não aceitar, estará na rua e ponto final”, diz o presidente da CUT, Vagner Freitas


Os 48 milhões de trabalhadores que têm carteira assinada no país, segundo os dados da RAIS, e portanto já estão no mercado de trabalho, poderão ser prejudicados pela reforma trabalhista, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Michel Temer nesta quinta-feira (13). “Daqui a 120 dias quando o desmonte de Temer entrar em vigor, os contratos formais de trabalho poderão ser alterados. Para isso, bastará uma simples ‘conversa’ entre patrão e empregado, sem a intervenção do sindicato da categoria”, escreveu em seu blog o presidente da CUT, Vagner Freitas.

“O patrão ou seu preposto do RH simplesmente vai pressionar o trabalhador a aceitar as mudanças de regras. Se não aceitar, estará na rua e ponto final”, afirmou ainda Freitas.

As regras do contrato de trabalho que poderão ser alteradas via negociação individual entre trabalhador e patrão são: 1) banco de horas; 2) parcelamento de férias; 3) jornada de trabalho; 4) negociação dos intervalos para amamentação; 5) demissão de comum acordo com o patrão. Neste último caso, o presidente da CUT destaca que “o trabalhador ou a trabalhadora irá negociar sozinho, sem apoio do seu sindicato a sua própria demissão, e isso em um dos momentos em que se sente mais fragilizado, preocupado com o futuro, em como levará comida para a mesa da família”.

O texto da nova lei diz que o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador. “Nesse caso, olha a desgraça”, escreve Freitas, “a multa de 40% do FGTS é reduzida a 20% e o aviso prévio será de 15 dias. O trabalhador tem direito a 80% do FGTS, mas perde o direito de receber seguro-desemprego”.

Freitas considera que esse verdadeiro ataque aos direitos dos trabalhadores “foi comandado por um Congresso Nacional ultraconservador, cheio de senadores e deputados empresários de todos os setores da economia. A aprovação do extermínio da CLT é uma mostra de como isso prejudica os interesses da classe trabalhadora”.

Segundo levantamento do Congresso Em Foco, 37 dos 50 senadores que aprovaram o extermínio da CLT são empresários diretamente interessados em aumentar os lucros explorando seus empregados.

Redação: Rede Brasil Atual
Foto: Beto Barara/PR

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