Em defesa do emprego, dos direitos, do patrimônio público e da democracia
O Brasil passa por um momento singular em sua história. Após a retirada de mais de 33 milhões de pessoas da situação de miséria, a inclusão de mais de 44 milhões de pessoas na classe média e o período com menor taxa de desemprego já visto na história, o país enfrenta a mais longa e grave crise econômica internacional desde o “crash” da bolsa em 1929, que pressiona as taxas de inflação e emprego e traz insegurança aos trabalhadores.
Ao mesmo tempo, valendo-se da crise econômica, de investigações promovidas pela Polícia Federal e Ministério Público a casos de corrupção envolvendo empreiteiras e a direção da Petrobras e com apoio da grande mídia, setores reacionários da sociedade atacam o governo federal buscando emparedá-lo para a implementação de medidas político e econômicas que foram rejeitadas pelas urnas nas últimas eleições, notadamente a retomada do projeto neoliberal de economia, com o aumento das taxas de juros, a retomada de privatizações e a adoção de medidas econômicas que promovem o arrocho e a retirada de direitos dos trabalhadores.
Como se isso não bastasse, grupos de ultra-direita, golpistas e violentos clamam em páginas da internet, e cada vez menos timidamente nas ruas, pela ruptura do Estado Democrático de Direito, com a volta da ditadura e militares ao poder, com um discurso recheado de ódio de classe e preconceito.
Objetivamente, o governo reeleito da presidenta Dilma respondeu a toda esta pressão cedendo ao “mercado” com a nomeação de um ministro da economia claramente identificado com as políticas neoliberais, que neste início de mandato enviou duas medidas provisórias (MP 664 e MP 665) que alteram para pior as regras para a concessão de pensões e seguro desemprego aos trabalhadores. Além disso, Projetos de Lei como o PL4330, que libera a terceirização e a precarização das relações de trabalho, continuam em tramitação no parlamento.
Diante deste quadro a CUT, Central Única dos Trabalhadores, e outras centrais sindicais convocaram conjuntamente para o próximo dia 13 de março, nas principais capitais do País, um grande ato unificado em defesa dos direitos dos Trabalhadores e da Democracia, pelo aprofundamento das políticas econômicas inclusivas e contra qualquer projeto de privatização do patrimônio dos Brasileiros, em especial da Petrobras e da Caixa Econômica Federal.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, historicamente comprometido com a defesa da democracia e dos direitos humanos, repudia veementemente qualquer possibilidade de golpe, seja travestido de “combate à corrupção” ou de salvação da economia. Defendemos a manutenção das políticas que promovem a inclusão social e a redução das desigualdades.
Defendemos a ampla liberdade de expressão e de imprensa, com a democratização dos meios de comunicação, e rejeitamos toda política que privatize o patrimônio público. Por isso, conclamamos aos Jornalistas que se somem conosco e com as Centrais Sindicais para participarmos juntos da manifestação no próximo dia 13 de março, em defesa da democracia e da decisão soberana das urnas, em defesa do patrimônio do povo brasileiro, pela democratização das comunicações, por uma reforma política que acabe com o financiamento privado de campanhas eleitorais, origem dos principais escândalos de corrupção das últimas décadas, contra a terceirização e as políticas neoliberais!
Em São Paulo, os movimentos sindical e social, irão se concentrar às 15h, em frente ao prédio da Petrobras, na Avenida Paulista, 901. De lá sairão em marcha pelas ruas da capital.
Ato unificado em defesa dos direitos dos trabalhadores e da democracia
Dia:13 de março
Horário: 15h
Local: Avenida Paulista nº 901 – prédio da Petrobras.
