O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) protesta contra a demissão do jornalista Sandro Thadeu, repórter do jornal A Tribuna e diretor regional do SJSP, e convoca ato para esta quinta-feira (10), às 12h, na porta da empresa.
Sandro goza de garantia de emprego prevista em lei como dirigente sindical. Trabalhou no jornal nos últimos 14 anos e 5 meses. Ele foi avisado da dispensa na segunda-feira (7).
De imediato, o sindicato entrou em contato com a empresa solicitando reunião para discutir o problema e tentar reverter a decisão. Mas, na tarde de quarta-feira, a empresa reafirmou sua decisão recorrendo, novamente, à tradicional postura antissindical. O departamento jurídico do sindicato entrará com ação na Justiça.
Não é a primeira vez que a Tribuna demite um dirigente sindical. Anos atrás, numa situação de demissão em massa, demitiu os então diretores Glauco Braga e Reynaldo Salgado. Na ocasião, o sindicato conseguiu reverter a decisão na Justiça.
Nem é a primeira vez que os patrões, nessa empresa, atuam para oprimir os direitos dos trabalhadores jornalistas.
Nos últimos tempos, diante da insistente atuação do nosso Sindicato para o diálogo com a categoria e para que a regional fosse o agente para negociar os direitos e necessidades dos profissionais, sindicalizados ou não, a empresa promoveu todo e qualquer tipo de ação que mirasse na autonomia do sindicato, seus dirigentes, e minasse a comunicação com a categoria.
Em outros momentos, a empresa permitiu visitas ocasionais à Redação e conversas no interior da empresa, para a comunicação a base, a compreensão do cotidiano de trabalho e a divulgação de informações sindicais, eleições e campanhas salariais. Nos últimos anos, porém, tais visitas são cada vez menos autorizadas, obrigando o Sindicato a fazer cada vez mais ações na porta da empresa.
Com essa conduta, os patrões incentivam uma verdadeira batalha contra o movimento sindical, instaurando um clima de caça às bruxas entre os trabalhadores, principalmente aqueles que estão mobilizados junto ao Sindicato. Neste clima de desconfiança, os mais prejudicados são sempre os trabalhadores. Além disso, a demissão acontece enquanto enfrentamos uma das maiores dificuldades de negociação com o Sindijori. Desde abril deste ano, não avançamos nas negociações da campanha salarial do interior e litoral. Não estamos diante de apenas uma demissão. Vivemos a completa falta de diálogo.