Mais de 20 mil pessoas ocuparam a Avenida Paulista, em São Paulo, nesta segunda (19), em protesto contra a reforma da Previdência do golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP).
Organizado pelas CUT e demais centrais sindicais, frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, partidos políticos e movimentos populares, o ato fez parte do Dia Nacional de Mobilização Contra a Reforma da Previdência, que teve greves, paralisações, manifestações em todo o País.
Os trabalhadores, trabalhadoras e militantes começaram a se reunir no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) por volta das 15 horas. Às 17 horas o trecho sentido Consolação da avenida estava totalmente bloqueado, e repleto de bandeiras e faixas contra o fim da aposentadoria, Temer e a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
Foi grande a vibração dos manifestantes quando souberam que o presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (MDB-CE), havia acabado de determinar a suspensão da tramitação de todas as Propostas de Emenda à Constituição (PEC), como é o caso da reforma da Previdência, enquanto vigorar o decreto de intervenção do Rio de Janeiro, previsto até dezembro.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a resistência e a mobilização da classe trabalhadora e de toda a sociedade ao fim da aposentadoria para milhões de brasileiros foram fundamentais para a suspensão da votação, mas, no caso de um governo golpista, é preciso ficar sempre alerta.
“É uma vitória momentânea e a mobilização não pode parar. A qualquer momento eles podem dar mais um golpe e tentar aprovar o fim da Previdência pública”, alerta Vagner, que pediu para os sindicatos continuarem em estado de alerta e mobilizados para parar o Brasil caso eles tentem tirar a pauta da gaveta.
Aos gritos de “fora, Temer” o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, falou da importância deste dia de luta e comemorou a retirada da pauta no Congresso Nacional.
“É uma vitória da classe trabalhadora. A CUT sempre esteve na resistência e na luta por direitos e continuará lutando contra todo e qualquer retrocesso”, destacou Izzo, que complementou: “Se colocarem para votar, o Brasil vai parar e faremos outra greve geral”.
Para Vagner, a decisão do presidente do Congresso representa “um resultado imediato porque significa que a classe trabalhadora impediu a aprovação da reforma da Previdência”.
“E essa vitória”, disse o presidente da CUT Nacional, “serve para renovar as nossas pilhas para continuar na luta”.
Vagner disse que além da mobilização dos sindicatos nos locais de trabalho, a militância precisa continuar pressionando os deputados nos aeroportos, nas suas bases eleitores, enchendo seus Whatsapp de mensagens dizendo que se votarem a favor da proposta, não voltam a Brasília; e continuar organizando greves, o povo do morro e das favelas.
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