Preocupada em melhorar as condições de trabalho da categoria em cada segmento, a direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) solicitou o início das reuniões das Comissões Paritárias aos sindicatos patronais de jornais e revistas da capital e de rádio e televisão.
Previstas nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCT), as comissões paritárias têm como objetivo discutir cláusulas que demandam tempo de debate e questões de detalhe e, por isso, é mais difícil de serem tratadas com a complexidade de cada tema durante as campanhas salariais, que centram as negociações em torno do reajuste das cláusulas econômicas. Por isso, as CCTs em vigor preveem a negociação sobre questões específicas ligadas ao exercício profissional em período diferente da campanha salarial.
Diante da solicitação, o sindicato patronal de jornais e revistas da capital agendou a primeira reunião para 3 de março. O SJSP pretende discutir formas de controle de frequência e fórmulas para a compensação de jornada de trabalho, além do direito de consciência e a liberdade de expressão, conforme consta na CCT da categoria. Embora a Convenção Coletiva tenha vigência até 2021 para as cláusulas sociais, que são que não tratam de temas econômicos, os sindicatos acordaram na campanha salarial passada que temas negociados em comum acordo poderiam ser inseridos na convenção de 2020-2021, quando houver o debate previsto sobre o reajuste salarial e das demais cláusulas econômicas.
No caso do sindicato patronal de rádio e televisão, a reunião foi marcada para 5 de março, e deve iniciar a discussão sobre temas relativos à violência contra jornalistas, a preservação da saúde dos jornalistas no desempenho da profissão e os assédios moral e sexual.
Nas discussões com os dois sindicatos patronais podem entrar ainda outros temas, desde que haja comum acordo para incluí-los. À medida em que as discussões andem, a direção do Sindicato irá visitar os locais de trabalho para que a categoria acompanhe e decida sobre as questões em debate.