O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), por meio da Regional Santos, e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifestam veemente repúdio à agressão sofrida pela repórter Aline Gomes, da Cazé TV, que comentava ao vivo a vitória do Santos sobre o Cruzeiro na Vila Belmiro, em Santos, no último domingo. Na transmissão, a repórter mostrava a confusão nos arredores do estádio santista quando um homem deu um tapa no microfone dela, arrancando-o da mão. A repórter e o cinegrafista se assustaram diante do ataque.
Procurada pelo SJSP nesta segunda-feira, 8 de dezembro, a repórter afirmou que está bem e que, apesar do susto, ela teve o cuidado de se afastar do local da confusão, principalmente em razão do uso de gás de pimenta pela Polícia Militar. Depois do ocorrido, Aline relatou a veículos de imprensa que sofreu uma crise de ansiedade, pois a cena foi chocante para ela.
Esta não é a primeira vez que o SJSP vem a público cobrar de autoridades policiais, do Santos Futebol Clube e das empresas jornalísticas, neste caso a Cazé TV, que garantam a segurança das equipes de jornalistas que trabalham, todos os dias, ao redor da Vila Belmiro, em especial durante jogos que acontecem no estádio local.
Coincidentemente, a agressão a Aline ocorreu no mesmo dia em que milhares de brasileiras ocuparam as ruas, em todo o País, para dizer “basta!” ao feminicídio, à misoginia e a toda forma de violência contra as mulheres. O ocorrido é uma amostra dos desafios próprios que as jornalistas ainda enfrentam no exercício profissional e reafirma a inconsequência e as falhas da política de segurança pública adotada pelo governo Tarcísio de Freitas, de repressão generalizada e desproporcional, sem garantir proteção a quem precisa.
O SJSP e a Fenaj são solidários à repórter Aline Gomes e se colocam à disposição dela, inclusive para eventuais medidas judiciais, além de exigir das empresas de mídia que garantam maior segurança para suas equipes.
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