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Editora 3

Será o fim da Editora Três? Com salários atrasados, jornalistas relatam que até internet foi cortada

Redação

A situação dos trabalhadores da Editora Três, responsável pela publicação das revistas IstoÉ, IstoÉ Dinheiro, Dinheiro Rural e Motor Show, é desoladora. Com três quinzenas de salários atrasados, os jornalistas decidiram entrar em greve novamente, a partir da próxima quinta-feira, 24.

Diante de uma crise que parece interminável, os funcionários denunciam que até a internet da redação foi cortada por falta de pagamento. Além disso, por exigência do diretor de redação, os jornalistas precisam trabalhar presencialmente, apesar das condições adversas.

A administração financeira da editora é, no mínimo, instável. Em alguns momentos, a empresa não paga a gráfica, o que resultou na suspensão da impressão das revistas há duas semanas. Em outros, deixa de quitar débitos com agências de notícias e imagens, o que prejudica ainda mais a já comprometida edição das publicações. Em meio a essa gestão desorganizada, com uma série de rombos no caixa, a direção da empresa prioriza tapar buracos financeiros em detrimento do pagamento de salários, FGTS e outras obrigações trabalhistas.

Esta é a terceira greve decretada em menos de dois meses. Nas últimas semanas, a empresa só tem conseguido colocar a revista nas bancas graças à colaboração de três ou quatro editores de IstoÉ, que decidiram não aderir à greve. Não se sabe até quando esses funcionários continuarão a sustentar essa situação, que vai contra os interesses da maioria dos trabalhadores. O medo de que a editora decrete falência tem crescido entre os empregados, que exigem respostas urgentes sobre o futuro da empresa e a regularização das dívidas.

Por fim, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) cobra um posicionamento da editora quanto à sua saúde financeira, uma vez que a empresa está, pela segunda vez, em processo de recuperação judicial. O SJSP demanda um cronograma para a quitação das dívidas trabalhistas com urgência. “Os profissionais da editora já não sabem se a empresa está caminhando para a falência ou não. Eles precisam ser tratados com mais seriedade e dignidade”, afirma Thiago Tanji, presidente do SJSP.

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