A Central Única dos Trabalhadores manifesta total solidariedade aos trabalhadores (as) da EBC, que decidiram entrar em greve após 8 rodadas de negociação em que a direção da empresa manteve-se inflexível na sua postura de não negociar e de lhes impor perdas significativas de direitos.
Sem levar a sério as demandas dos/as trabalhadores/as, a direção da empresa deixou claro seu objetivo de congelar salários e impor reajuste zero para todas as cláusulas econômicas: tickets, auxílio creche, auxílio às pessoas com deficiência, o fim da multa por descumprimento do Acordo Coletivo.
A postura da empresa revela sua total subordinação à política do atual do governo de usar o processo de negociação para anular conquistas anteriores da categoria, asseguradas em acordos coletivos que resultaram de duras lutas no passado recente. Busca, desta maneira, abrir o caminho para um processo crescente de precarização das relações de trabalho, onde a negociação coletiva deixa de ser espaço relevante para solucionar conflitos de interesse entre trabalhadores/as e empregadores.
Ao mesmo tempo em que tenta suprimir direitos e arrochar salários, o governo aumenta generosamente verbas de publicidade para as grandes empresas de comunicação, com o objetivo de garantir o apoio desses conglomerados ao golpe que destrói políticas públicas, programas sociais, investimentos em desenvolvimento, educação e saúde, entrega o patrimônio a riqueza e soberania nacional.
Diante deste quadro, a CUT considera legítima a decisão dos /as trabalhadores/as de recorrerem à greve para preservar seus direitos e conclama todas suas entidades a manifestarem apoio à luta dos companheiros e companheiras da EBC.
Direção Executiva da CUT
