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Jornais e Revistas da Capital: Proposta de reajuste da Campanha Salarial 2017-2018 vai à consulta da categoria

Jornais e Revistas da Capital: Proposta de reajuste da Campanha Salarial 2017-2018 vai à consulta da categoria


Sindicato realiza assembleias nas redações da capital de terça a sexta-feira (20 a 23/06) e retoma negociações com os empresários em 27 de junho


A pauta de econômica da Campanha Salarial de Jornais e Revistas da Capital foi debatida com as empresas na terceira rodada de negociações, realizada na manhã da terça-feira (13). Na mesa, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) reivindicou reajuste de 3,35% sobre os salários e benefícios para repor a inflação (INPC), acumulada de maio de 2016 até a data base, no último 1º de junho.

O Sindicato também reivindica mais 2,5% de aumento real sobre os salários vigentes em janeiro, dos quais 1,5% para repor as perdas da Campanha Salarial 2015-2016, pois no acordo do ano passado os jornalistas tiveram reajuste de 8,16% e parcelado em duas vezes, ante uma inflação de 9,82% no período.

De acordo com os representantes do Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas de São Paulo (Sindjore), a disposição dos empresários é apenas de repor a inflação sobre os salários e benefícios e, por isso, a proposta será discutida pelo SJSP com os profissionais de jornais e revistas da capital, em assembleias nas redações na próxima semana, de terça até sexta-feira (20 a 23/06). O calendário será divulgado em breve pelo SJSP.

Depois da consulta aos trabalhadores e trabalhadoras, a bancada dos jornalistas retoma as negociações com os empresários na quarta rodada, agendada para 27 de junho (terça-feira), na sede do Sindjore, na zona oeste paulistana. 

Cláusulas sociais

Na reunião desta terça-feira, as empresas também responderam às cláusulas sociais reivindicadas pelos jornalistas na rodada anterior e não sinalizaram disposição para avançar em itens como os relativos aos assédios moral e sexual, entre outros.

A alegação dos representantes do Sindjore é de que não há necessidade de ampliar a redação das cláusulas, nem generalizar a obrigatoriedade do combate aos assédios porque as empresas já têm “normas internas” para enfrentar o problema nas redações.

A única alteração sinalizada foi a possibilidade de incluir canal de denúncia entre as medidas estabelecidas na cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente, que estabelece que “as empresas envidarão esforços para combater práticas de assédio moral e sexual e promoverão, regularmente, palestras e campanhas de conscientização para todos os empregados”.

Outro ponto não aceito pela bancada patronal é a cláusula que reconhece ao profissional o direito de recusar a realização de reportagens que firam o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que violem a consciência do jornalista ou contrariem sua apuração dos fatos. Neste caso, a justificativa do Sindjore é que as empresas já adotam “códigos de conduta”.

As empresas recusaram também a reivindicação para que os jornalistas eleitos diretores do Sindicato tenham direito a duas e não somente a uma falta justificada por mês com liberação para atuação sindical.

Apesar da intransigência patronal, os representantes do SJSP continuarão buscando avanços quanto às cláusulas sociais na próxima rodada, além da luta pelo atendimento da pauta econômica dos profissionais de Jornais e Revistas da Capital.

Texto e foto: Flaviana Serafim – Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

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