Jornalistas que trabalham nas emissoras de rádio e televisão do estado de São Paulo ainda estão na luta por salários, direitos e dignidade. Com data-base em dezembro, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) está em processo de negociação e tem o Sindicato dos Jornalistas como organizador da categoria.
Em novembro do ano passado, os patrões apresentaram uma proposta de reajuste de 4% para salários e demais cláusulas econômicas, além de manter a redação da atual CCT — ou seja, não haveria para este ano melhorias nas redações das cláusulas existentes ou de resgate de direitos, como no caso da PLR.
Em dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a atualização da inflação do período que compreende a data-base para a negociação da renovação da CCT, indicando uma inflação acumulada de 5,97% entre dezembro de 2021 e novembro de 2022.
Ou seja, as empresas não estão dispostas a incluir propostas da categoria e ainda apresentam um reajuste abaixo da inflação, implicando em perdas do poder de compra para os jornalistas!
Diante disso, a categoria se reuniu em assembleia no último dia 19 de dezembro para reafirmar suas reivindicações. O conjunto de jornalistas aprovou uma contrapoposta que contempla o reajuste para todos os salários de 5,97%, mais 3% a título de recomposição de perdas anteriores. Além disso, a assembleia encaminhou proposta de unificar o piso dos munícipios com mais de 80.000 habitantes e com menos de 80.000 habitantes pelo piso de maior valor (atualmente, de R$ 1.983,05), com reajuste de 5,97% (índice do INPC), mais 5% a título de recomposição de perdas anteriores.
Por fim, a assembleia de 19 de dezembro manteve as reivindicações em relação ao controle de jornada e regulamentação da compensação de jornada (para que acabem os famigerados plantões de um por um), além de prosseguir na luta pela volta das cláusulas de PLR/Abono.
A contraproposta da categoria foi apresentada para as empresas no dia 20 de dezembro, mas até agora os patrões não sinalizaram sua posição. O Sindicato dos Jornalistas solicitou que as mesas de negociação continuem no mês de janeiro, mas ainda não obteve resposta para a data da próxima reunião.
Ou seja, é necessário que a categoria entre em campo desde já para garantir direitos e salários dignos. O Sindicato está à disposição de todas e todos que queiram contribuir com ideias e propostas de mobilização, para que possamos ter nossas reivindicações atendidas o quanto antes! A hora de lutar é agora!