A prestação de contas do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) relativa ao ano de 2019 foi discutida e aprovada na assembleia geral realizada nesta terça-feira (30), por meio virtual. Um dos pontos destacados na discussão foi a importância de se ampliar o peso das mensalidades sindicais nas receitas da entidade. Isso coloca a necessidade de se dar prioridade à sindicalização, que expressa a adesão voluntária de jornalistas ao SJSP.
Em 2019, num ano de dificuldades para toda a atividade sindical, o SJSP registrou elevação de 10% no número de sindicalizados. A arrecadação com mensalidades atingiu R$ 1,278 milhão (41,7% das receitas), cerca de R$ 6 mil a mais do que em 2018.
O segundo item mais importante de receitas foi o de contribuições de jornalistas que obtiveram ganho de causa em ações movidas pelo Jurídico do SJSP, num total de R$ 1,039 milhão (33,9%).
Nas despesas, o pagamento de salários e encargos consumiu R$ 1,034 milhão (36,8% dos gastos). Nos últimos anos, com a redução do número de funcionários, os gastos nesse item diminuíram de forma significativa. As atividades sindicais e de mobilização atingiram R$ 962 mil (34,2%), e as despesas administrativas, R$ 695 mil (24,7%).
Considerando-se apenas receitas e despesas do ano (sem pagamento de dívidas), o SJSP teve superávit de R$ 255 mil. Ao acrescentarmos a amortização das dívidas, no valor de R$ 433 mil, o resultado geral é de R$ 178 mil negativos. Um avanço, porque em 2018 o saldo negativo havia sido de R$ 459 mil.
Um destaque quanto ao pagamento de dívidas no ano passado é o fato de o SJSP ter quitado o valor devido à Abet (Associação Brasileira de Empregados em Telecomunicações), principal credor do antigo plano de saúde vigente no sindicato no início da década de 2000. Ainda há outros credores e processos em tramitação.
No debate, destacou-se ainda a importância de envio regular de informações sobre a situação financeira da entidade aos sindicalizados. A Secretaria de Finanças e Administração do SJSP deverá estudar os meios de viabilizar esse envio constante dos dados.
Revisão orçamentária
A assembleia aprovou também a revisão orçamentária de 2020. Foi modificado o orçamento original, para incorporar a evolução da situação no primeiro semestre. A principal mudança é o fato de que houve aumento considerável nas entradas de contribuições de jornalistas que ganharam ações por meio do Jurídico. A previsão aprovada para o ano todo era de R$ 464 mil, mas nos primeiros meses do ano já ingressaram R$ 780 mil.
A assembleia aprovou a meta de arrecadação de R$ 1,1 milhão com esse item (36,7% do total). A principal receita continua a ser a de mensalidades, com previsão de entrada de R$ 1,26 milhão (41,6%). Nesse item, houve uma revisão para baixo do orçamento inicial (R$ 1,42 milhão), com base na avaliação de que deverá haver um recuo, decorrente da redução de salários em algumas empresas e da situação criada com a pandemia.
No conjunto, a previsão de receitas subiu de R$ 2,54 milhões para cerca de R$ 3,03 milhões.
Nas despesas, a principal alteração é a decisão de criar um fundo de reserva, que começará com o valor de R$ 40 mil. Esse fundo destina-se a situações emergenciais ou à ampliação da atividade sindical (novos investimentos). Houve também a incorporação, nas despesas administrativas, de um valor relativo a reformas a serem feitas em duas salas da sede, não realizadas até agora por falta de recursos.
As despesas, após as modificações, vão dos R$ 2,45 milhões previstos inicialmente para R$ 2,72 milhões. Haverá ainda o pagamento de dívidas, no valor de R$ 302,7 mil.
O resultado geral é um orçamento equilibrado entre receitas, de um lado, e despesas e dívidas, de outro, com saldo positivo de R$ 900.