Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo
Logo do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
Logo da Federação Internacional de Jornalistas
Logo da Central Única dos Trabalhadores
Logo da Federação Nacional de Jornalistas

Artistas lutam contra retrocesso no STF

Artistas lutam contra decisão do STF que pode impor retrocesso na profissão

Arte: Maria Dias/CUT-SPNeste Dia Mundial do Teatro e Dia do Circo, celebrados em 27 de março, artistas de São Paulo e dos demais estados estão em luta para impedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida pela não obrigatoriedade do registro profissional (DRT) para exercer a profissão.

A ação, que parte de um pedido feito pela Procuradoria-Geral da República e tem como relatora a atual presidenta do STF, Cármen Lúcia, alega que “a regulamentação da lei 6533/78 é um obstáculo à liberdade de expressão e de manifestação artística”.

Para o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de São Paulo  (Sated-SP), esse entendimento é um “equivoco”. “A partir do momento em que uma empresa me contrata para tocar violão e fazer uma cena no comercial, isso passa a ser uma relação de trabalho”, afirma o presidente da entidade, Dorberto Carvalho.

O dirigente explica que a obrigatoriedade não impede que uma pessoa possa tocar um instrumento, por exemplo, em praça pública. “O registro não fere essa liberdade artística e garante direitos aos artistas que estejam ligados a uma empresa”.

A previsão é que o pleno do STF julgue a questão no dia 26 de abril. O Sated-SP, junto a outras entidades do país, prepara uma agenda de lutas que será divulgada em breve.

Ataques à cultura

“Hoje os artistas que estão em diversas áreas vivem sob a ameaça dessa resolução equivocada que pode desproteger ainda mais a nossa classe, que já enfrenta muitos retrocessos com esse governo. Então é um momento de defesa do nosso registro”.

Dorberto lembra que, desde o golpe de 2016, o governo Temer impôs sérias dificuldades à área artística e cultural do país. “Um de seus primeiros atos foi a extinção Ministério da Cultura, mas nossa categoria iniciou um movimento de resistência e ocupações e ele teve de recuar”. No entanto, os investimentos na área seguem sendo os mais baixos em comparação aos governos anteriores.

Em São Paulo, a situação da cultura e da arte, com João Doria (PSDB) na prefeitura, não é diferente. “As políticas públicas da cidade de São Paulo, que já foram exemplos para o Brasil, estão sendo sucateadas depois de receberem o maior congelamento da história”, diz Dorberto.

veja também

relacionadas

mais lidas

Pular para o conteúdo