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Acordo de cessar-fogo prossegue com troca de prisioneiros de parte a parte; mundo rechaça plano grotesco de Trump para Gaza; Israel obriga 30 mil palestinos a deixarem suas casas na Cisjordânia

Redação - SJSP

O acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros e reféns entre Israel, de um lado, e Hamas e Jihad Islâmica, de outro lado, completa um mês de vigência nesta quarta-feira, 19 de fevereiro. Apesar das ameaças do governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu de retomar os ataques a Gaza, e da realização de ataques do Exército israelense que resultaram no assassinato de palestinos em pleno cessar-fogo (e levaram o Hamas a anunciar que suspenderia a libertação de reféns israelenses), até este momento as trocas previstas na primeira fase do acordo foram bem sucedidas.

A desvairado proposta do presidente norte-americano Donald Trump de “deportação voluntária” em massa dos palestinos de Gaza para Egito e Jordânia, de modo a permitir a conversão daquela faixa de terra, agora arrasada por Israel, em uma suposta “Riviera do Oriente Médio”, foi totalmente rechaçada no mundo todo, especialmente pelos países árabes, e até mesmo por aliados ocidentais dos EUA.

Na Cisjordânia ocupada, porém, o Exército de Israel continua a matar palestinos e palestinas e a cometer outros crimes de guerra. Segundo o jornal israelense Haaretz, nos campos de refugiados de Jenin e Tul Karm “relatos de testemunhas oculares indicam que o Exército israelense está intencionalmente causando um êxodo em massa e deslocamento prolongado — ao contrário de operações anteriores”. As operações do Exército levaram à expulsão de 30 mil moradores por meio de “destruição, ameaças, tiros e presença de atiradores”.

A visita a Israel, a convite de uma entidade sionista, de seis jornalistas brasileiros que trabalham em mídias do Grupo Globo e no jornal Estadão — meios de comunicação que apoiam ostensivamente a ocupação da Palestina e o genocídio em Gaza — levou o grupo Vozes Judaicas por Libertação a emitir uma carta aberta a esses profissionais, por meio da qual os convida a uma reflexão.

No Brasil, atos de protesto contra o genocídio na Palestina foram realizados em diversas cidades brasileiras no dia 13 de fevereiro. Na capital paulista a manifestação ocorreu em frente ao Consulado dos EUA.


“Carta aberta aos jornalistas brasileiros em viagem por Israel”. O coletivo Vozes Judaicas por Libertação (VJL) dirige-se nesta carta aberta aos jornalistas Janaína Figueiredo (O Globo), Leila Sterenberg (Globonews), Tatiana Vasconcelos (CBN), Marcos Guterman, Pedro Doria e Filipe Figueiredo (Estadão), que aceitaram convite para conhecer o país. “Vemos com muita preocupação a viagem realizada essa semana para Israel, a convite do Instituto Brasil-Israel (IBI). Muitos de nós já fizemos esse tipo de viagem no passado, e foi necessário que algumas fichas caíssem”, adverte o texto, publicado no dia 14 de fevereiro. “Consideramos essencial situar a função desse tipo de viagem e seu significado dentro da estratégia sionista e israelense de normalização de suas ações. Esta carta é um convite à reflexão”. De acordo com o grupo VJL, “Israel real é um projeto colonial fundado e instrumentalizado pelo imperialismo americano”, e “a ideia de retratar como diverso e liberal um país fundado na supremacia de um povo, que assassina jornalistas, prende livreiros e enjaula crianças para justificar e permitir sua existência, não tem cabimento”. Confira a íntegra da carta no perfil do VJL no Instagram

“Pego de surpresa pelo enviado de Trump ao Oriente Médio, Netanyahu se apressa para anunciar a segunda fase das negociações”. À medida que a atenção de Trump se volta para outro lado, o circo de Netanyahu chega ao fim. O sensato enviado para o Oriente Médio, Steve Witkoff, parece não se comover com o charme de Netanyahu e deixou claro que os reféns devem retornar – para grande desgosto do primeiro-ministro. Reportagem do jornal israelense Haaretz

Israelenses marcam 500 dias desde o ataque do Hamas em 7 de outubro com protestos exigindo a libertação de reféns. Manifestantes marcharam da residência de Netanyahu até o Knesset. Protestos em torno de Tel Aviv interromperam o trânsito. Disponível no Haaretz

“Exército de Israel expulsa 30 mil palestinos de campos de refugiados da Cisjordânia”. Reportagem do Haaretz

Países árabes devem propor alternativa aos planos de Trump, para impedir que palestinos sejam expulsos de Gaza. Reportagem do jornal Haaretz

Manifestantes realizam ato em defesa da Palestina e contra o genocídio em frente ao Consulado dos EUA em São Paulo. Confira as imagens

A escritora britânico-tunisiana Soumaya Ghannoushi, especialista em política do Oriente Médio, comenta o que chama de “emboscada” armada pelo presidente Donald Trump contra o rei Abdullah da Jordânia (no recente encontro entre eles na Casa Branca). Ela explica porque é que, se algum monarca árabe desistir da Palestina, pagará o preço com os seus tronos — e é por isso que agora finalmente estão dizendo “não” para Trump. Confira no perfil da Middle East Eye no Threads

“Após veto à colação de grau de aluno processado por defender a Palestina, decisão judicial manda USP emitir certificado de conclusão; estudantes protestam contra a Reitoria”. Confira reportagem no Informativo Adusp Online

“Estudante processado por criticar Israel consegue liminar após USP suspender colação de grau”. Matéria disponível no Opera Mundi

Soldados israelenses atacam uma festa de casamento na cidade de Teybeh, na Cisjordânia. Confira no Instagram

“Exército de Israel supostamente usou idoso de Gaza como escudo humano, amarrou explosivo em torno de seu pescoço”. De acordo com a agência de notícias israelense The Hottest Place in Hell, um palestino idoso foi forçado a procurar armadilhas com um fio amarrado ao pescoço. Mais tarde, quando ele foi forçado a evacuar para o sul com sua esposa, outro batalhão os matou. O incidente teria ocorrido em maio de 2023. Disponível no site da Fepal

Combatentes da resistência palestina mostram rifles Tavour Bullpub, fabricados por Israel e apreendidos durante o ataque de 7 de outubro de 2023. Confira no Instagram

“Corações quentes”: apesar do frio intenso e da neve, manifestantes pró-Palestina saem em marcha pelas ruas da cidade norueguesa de  Tromsø, no Círculo Polar Ártico, para denunciar o genocídio promovido por Israel. Veja aqui

Robô de mídia social pró-Israel muda de lado e chama soldados do Exército de “colonos brancos no apartheid de Israel”. O bot com tecnologia de inteligência artificial criticou as mesmas contas de mídia social que deveria promover e culpou Israel pelo plano dos EUA de proibir o TikTok. Matéria disponível no Haaretz


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