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No Carnaval, bloco da CUT defende aposentadorias

CUT colocou bloco nas ruas do Brás, em SP, para defender aposentadorias

Com o tema ‘Tirem as mãos da aposentadoria’, na sexta-feira (2), ‘O Pinto do Visconde’ chegou ao 9º ano de Carnaval. Foto: Jordana Mercado-CUT/SPCarnaval é época de extravasar e botar a boca no trombone. Pelas ruas do Brás, bairro da capital paulista onde fica a sede da CUT, o bloco de carnaval ‘O Pinto do Visconde’ mais uma vez juntou folia e ironia para dizer que o golpista Michel Temer não levará a classe trabalhadora no bico.

Ele tem usado a velha mídia para tentar enganar o povo e dizer que a reforma da Previdência é boa, como se trabalhar até morrer fosse algo positivo, mas a Central mostrou que essa conversa mole não engana ninguém, dessa vez, em ritmo de marchinhas.

Com o tema ‘Tirem as mãos da aposentadoria’, na sexta-feira (2), ‘O Pinto do Visconde’ chegou ao 9º ano consecutivo de Carnaval e lembrou, em ritmo de festa, que os trabalhadores não vão se curvar a mais um roubo desse governo ilegítimo.

“Carnaval lembra alegria e democracia. Samba, uma expressão tão importante desta época, lembra resistência, assim como a que estamos tendo neste momento. E não haveria melhor lugar para isso acontecer do que o Brás, um bairro tradicional, de comércios, que já acolheu trabalhadores, imigrantes, negros e negras que fizeram daqui a sua residência”, disse o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo.

Comunidade unida

Como ocorre todo ano, a concentração para a festa aconteceu em frente ao Bar do Gerson, na Rua Caetano Pinto, 611. O assessor sindical Antônio Marcos Dascânio, o Dasca, da Secretaria de Política Sindical da CUT São Paulo, foi o Rei Momo da festa, ao lado do também funcionário da CUT Nacional, Gabriel Cestaro, que usou a fantasia do personagem principal do bloco: O Pinto do Visconde.

Aos 65 anos, a comerciante Magali de Maio foi mais uma vez a madrinha do bloco. Para ela, o carnaval no bairro faz com que a comunidade se reúna e se conheça.

“Morei a minha vida inteira aqui e nunca existiu um bloco exclusivamente do Brás. Neste ano, o tema que escolhemos defende a Previdência, uma conquista tão antiga. Eu, que hoje sou mãe e avó, quero que meus filhos, netos e sobrinhos possam se aposentar um dia”, destacou. 

Samba dá a letra

A sambista Renata Silva, mais conhecida como Renata Treme Tudo, sacudiu as ruas do Brás ao lado da Escola de Samba Unidos de Santa Bárbara, onde é rainha de bateria.

“Eu praticamente nasci no samba, mas comecei mesmo a participar quando tinha 15 anos, no meu bairro, em Guaianazes. Depois fui me aperfeiçoando e passei por várias escolas de samba. Parei, então, por um ano e meio porque fui morar na Rússia, até que retornei ao Brasil e ao samba.”

Para Renata, o samba é sinônimo de resistência do povo negro, mas foi se modificando com o passar do tempo.

“Hoje, principalmente em São Paulo, o samba de raiz se perdeu um pouco. Aquela construção que sempre se deu com pessoas da comunidade foi substituída pelo samba de ostentação, já que a maioria das escolas convidam artistas para participar. Por outro lado, existem projetos que ocorrem nas escolas de samba que procuram fazer esse debate”, explicou.

O vozeirão do compositor e intérprete de samba André Ricardo, que já esteve em grandes escolas de São Paulo, também despertou a comunidade.  “Muito bom participar deste carnaval de rua com os moradores do bairro e com a CUT, que é tão engajada na luta. Que a gente não desista de lutar e de nosso objetivo, que é manter os trabalhadores no poder, assim como manter os nossos direitos”, disse o sambista.

*Com informações da CUT/SP.

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