Ao aprovar a paralisação por três horas para o próximo 8 de setembro, os jornalistas em empresas de jornais e revistas da capital divulgaram uma carta-aberta às empresas reafirmando sua união e disposição em lutar pelo pleito apresentado: o reajuste pela reposição da inflação para salários de até R$ 15 mil, sendo que acima deste valor o reajuste seria fixo de R$ 1.785, e de maneira parcelada.
Na carta, os jornalistas apresentam ainda sua insatisfação com as propostas apresentadas, fato que resultou na aprovação da paralisação de maneira unânime.
Leia mais sobre a assembleia aqui.
Leia abaixo a carta na íntegra.
Carta-aberta das e dos jornalistas para as empresas de jornais e revistas da capital
Reunida em assembleia no dia 1º de setembro, nossa categoria mais uma vez demonstrou sua união para lutar por nossos direitos: 190 jornalistas dedicaram parte de seu tempo para apresentar suas opiniões, compartilhar sugestões e votar propostas construídas por todas e todos os jornalistas.
Por unanimidade, a proposta patronal foi rejeitada. Como foi unânime a frustração de nossa categoria ao receber uma proposta das empresas que pouco avançou em relação à última, mesmo após nossa disposição em conceder um sinal contundente que estávamos dispostos a negociar rumo ao fechamento desta campanha salarial.
Nós reafirmamos nossa disposição em conversar, mantendo nossa proposta que conta com uma faixa salarial para a reposição da inflação, bem como o parcelamento deste índice. Também gostaríamos de reforçar que, diante do presente calendário de coberturas jornalísticas, queríamos ter tranquilidade para realizar nosso trabalho sem outras preocupações em relação às negociações de renovação da Convenção Coletiva.
Mas não resta outra alternativa para a nossa categoria do que expressar claramente nossa insatisfação diante das propostas apresentadas. Por conta disso, aprovamos de maneira unânime uma paralisação de três horas, que ocorrerá no próximo dia 8 de setembro. Também foi aprovado um indicativo de paralisação para o dia 15 de setembro.
Realizar uma paralisação é um direito democrático, uma manifestação justa e correta. Afinal de contas, se nesses últimos tempos demonstramos por diversas vezes que somos uma categoria essencial, provaremos uma vez mais nossa união para lutar ao lado de nossos colegas por salários e por dignidade.
De qualquer maneira, estamos à disposição para negociar a qualquer momento. Aguardaremos a próxima mesa de negociação e teremos uma assembleia no próprio dia 6 de setembro, para avaliar se as empresas efetivamente enviarão uma proposta que possa levar a um acordo satisfatório para todas e todos.
Jornalistas das empresas e jornais e revistas de São Paulo