A diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) se reuniu na manhã desta quinta-feira (6) com representantes do jornal Folha de S.Paulo que anunciou no início da semana um corte de custos, às custas de profissionais que trabalhavam na casa. Foram 13 demissões de jornalistas, das quais a empresa se compromete a repor duas.
Os dirigentes sindicais protestaram contra a medida, realizada de “sopetão”, sem nenhuma comunicação prévia com a entidade representativa dos trabalhadores. Diante do quadro consolidado, procuram garantir benefícios extras, inclusive financeiros, que atenuem o impacto das perdas do emprego.
“Os representantes da Folha alegaram que se trata de uma readequação de quadros e que não serão efetuados novos cortes”, diz o presidente do Sindicato, José Augusto Camargo (Guto).
O SJSP se coloca contra o enxugamento de redações, como várias empresas buscam fazer, de olho apenas na ampliação de sua rentabilidade, mesmo sacrificando a qualidade do trabalho jornalístico. Os jornalistas e sua entidade de classe enfrentam uma luta de fôlego: defender o mercado de trabalho para a categoria, preservando uma atividade essencial para a democracia: o bom jornalismo.
