Uma certeza existe na campanha salarial deste ano: vem muita luta por aí, em razão da falta de respeito das empresas de jornais e revistas do interior, litoral e grande São Paulo com a situação dos jornalistas.
O SindJori alegava o adiamento das negociações da campanha salarial por exigências estatutárias que seriam resolvidas em assembleia entre seus associados até o final de junho. Pois bem. Só em 11 de julho a entidade patronal revelou ao SJSP, apesar de várias tentativas pedindo uma posição, que havia feito a assembleia em 21 de junho!
Em ofício, o SindJori afirmou que consultaria seus associados e em 30 dias iniciaria a negociação. Continuou negando a manutenção da data-base e a extensão da vigência da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), apoiado no reforço do STF pelo fim da ultratividade. E ainda ressaltou que várias empresas não concordam com termos da última CCT e haviam se sentido alijadas das negociações. Um problema que não é nosso!
Os patrões se propõem a iniciar as negociações em 30 dias, a contar de 21/6. Significa que será a quase dois meses da nossa data-base, enquanto a categoria segue por sem convenção coletiva. Dois meses de desproteção!
Porque é fundamental estender a Convenção Coletiva
A Convenção Coletiva é fruto da negociação entre trabalhadores e empresas. Por meio de acordo, nela ficam estabelecidos pisos, reajustes salariais, condições de trabalho etc. Muitos desses direitos são conquistados ao longo de anos de luta por uma categoria.
Essa carta de direitos leva em conta uma data-base, que no nosso caso é 1º de junho.
Antes da famigerada reforma trabalhista, promulgada em 2016, havia a ultratividade nas normas coletivas, que mantinha a vigência do acordo ou convenção durante as negociações de uma campanha salarial, até ser assinado uma nova carta.
Mesmo com o fim dessa ferramenta, muitas negociações mantêm a convenção anterior, uma vez que o fim da ultratividade não impede a negociação da extensão das cláusulas.
Acontece que as empresas de jornais e revistas do interior não querem! Isso significa que os jornalistas do segmento estão sem garantia de direitos da convenção, inclusive sem pisos! É muito grave!
Preparar nossa mobilização
Sem ilusão: a categoria só poderá acabar com essa situação na base da luta coletiva e organizada, junto ao sindicato. Queremos respeito à pauta entregue em 1º de abril, manutenção da data-base e extensão da convenção durante as negociações!
Precisaremos nos mobilizar. Vamos nos preparar pois, em breve, chamaremos assembleia e a capacidade das e dos jornalistas entrarem em campo será decisiva, na defesa de salários e condições dignas de trabalho.
Entre em contato com o Sindicato:
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